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Neeleman apresenta planos ao governo

Criador da JetBlue tem encontro marcado na semana que vem na Anac para falar sobre seu projeto de montar uma companhia aérea no Brasil

Por Mariana Barbosa
Atualização:

O empresário David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, vai apresentar seu plano de criação de uma companhia aérea brasileira à presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, na semana que vem. O encontro foi agendado na quinta-feira passada, após um telefonema de Neeleman para Solange. Como revelou o Estado, Neeleman esteve no Brasil na semana passada negociando com a Embraer a aquisição de 36 jatos modelo E-190, mais 38 opções de compra, para a nova empresa. O empresário, que deixou a presidência da JetBlue em maio do ano passado mas continua como presidente do Conselho de Administração, pretende investir US$ 200 milhões no Brasil. Os recursos já foram levantados com um grupo de investidores. A nova companhia é um projeto pessoal de Neeleman, que pretende passar metade do tempo no Brasil e a outra metade em sua residência em Connecticut, Estados Unidos. Americano de origem holandesa, Neeleman tem fortes ligações com o Brasil. Nasceu em São Paulo, onde morou até os seis anos, época em que seu pai, o jornalista Gary Neeleman, era correspondente da agência de notícias UPI. Voltou ao Brasil aos 18 anos, como missionário mórmom. Ter nascido no Brasil - e mantido a cidadania brasileira - é o que habilita o empresário a investir no País, uma vez que a legislação limita em 20% a participação de estrangeiros no setor aéreo. A nova companhia ainda não tem nome. Sabe-se apenas que não se chamará JetBlue. A intenção é fazer o vôo inaugural até o final do ano. A amigos, Neeleman tem revelado que pretende oferecer tarifas mais competitivas do que aquelas oferecidas pelas grandes empresas, além de assentos menos apertados. Para isso, quer repetir o modelo de baixo custo da JetBlue, alcançado com o uso das mais modernas ferramentas tecnológicas . Neeleman quer explorar aeroportos alternativos, como Viracopos, mas não deve ficar de fora de Congonhas e de Santos Dumont. Nos EUA, a JetBlue conquistou mercado e enfrentou as grandes líderes com uma operação de baixo custo, vôos ponto a ponto e preços competitivos. Mas, diferentemente das empresas de baixo custo típicas, a JetBlue oferece serviços diferenciados, como acesso a televisão via satélite em telas individuais. Quem quiser comer a bordo, porém, tem de levar o próprio lanche.

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