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Neeleman: mercado de aviação pode ser 4 vezes maior

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

Dono da nova companhia aérea do País, com início das operações previsto para janeiro do ano que vem, e da americana JetBlue, que fatura US$ 3 bilhões por ano, o empresário David Neeleman avalia que o Brasil está muito abaixo de sua capacidade na aviação civil. "Fizemos uma grande pesquisa de comparação com outros países com mesmo PIB (Produto Interno Bruto). O mercado brasileiro pode ser de três a quatro vezes maior do que é hoje, se tiver mais vôos diretos e que dispensem escalas em São Paulo", disse Neeleman hoje, na abertura da Feira de Aviação Civil, organizada pela Agência Nacional de Aviação Civil. Filho de americanos nascido no Brasil, de onde saiu aos sete anos de idade, Neeleman diz, em português fluente, que a meta de sua nova empresa, ainda sem nome, é diminuir preços das passagens aéreas "para tirar as pessoas dos ônibus". "Vamos baixar alguns preços e em alguns casos nos aproximarmos do preço das passagens de ônibus. No Brasil tem muito mais pessoas andando de ônibus interestaduais do que de avião. Nós vamos criar mais passageiros aéreos", disse o empresário. O foco da empresa, explicou Neeleman, será a implementação de linhas domésticas diretas entre grandes cidades. "Um homem de negócios que quer ir de Curitiba para Belo Horizonte tem que passar por São Paulo, não pode voltar no mesmo dia para casa. Vamos oferecer a opção de ele sair de Curitiba às 8 horas da manhã e voltar às 8 horas da noite para casa. Se tiver o serviço, terá o passageiro", afirma o empresário. Com investimento inicial de US$ 150 milhões, a nova empresa voará com aviões Embraer 195, que têm 118 lugares. Em janeiro, vai operar com três aeronaves e chegará a dez em dezembro de 2009. Até 2013, a frota deverá ter 76 jatos da Embraer. O portal da empresa na internet informa que as encomendas já acertadas com a empresa somam US$ 1,4 bilhão.

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