WASHINGTON - Após dois dias de negociações, os Estados Unidos e a China terminaram sem acordo sobre o fim da guerra comercial entre as duas nações. No início da semana, o vice-ministro do Comércio chinês se reuniu com autoridades de médio escalão americanas para avançar nas conversas iniciadas em abril e que, desde então, não se traduziram em resolução para a disputa comercial.
As duas delegações "trocaram opiniões sobre como alcançar uma balança comercial justa e reciprocidade nas relações econômicas", disse uma porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters. O governo americano não forneceu detalhes sobre o teor das conversas.
O Ministério do Comércio da China divulgou nota logo após a reunião afirmando que o encontro "foi franco e construtivo", mas não especificou o que foi discutido com as autoridades dos Estados Unidos.
A nova rodada de negociações foram realizadas na mesma semana em que a administração Trump impôs uma sobretarifa de 25% sobre US$ 16 bilhões em produtos chineses. Pequim reagiu com medida semelhante, escalando a guerra comercial entre os países. Ambos os governos já anunciaram que, se a disputa não for resolvida, irão implementar novas tarifas sobre os produtos um do outro.
Em julho, Trump anunciou que planeja uma nova taxa que irá atingir US$ 200 bilhões em produtos chineses - a proposta está sendo analisada pelo Escritório de Representação do Comércio Exterior americano (USTR, na sigla em inglês), responsável pela aprovação e imposição das medidas.
O governo chinês disse estar disposto a revidar com uma sobretarifa contra US$ 60 bilhões de bens americanos.
O fracasso das negociações deste mês seguem o histórico iniciado em abril, em Pequim, quando autoridades da China e Estados Unidos se reuniram para tratar da guerra comercial. Sem acordo, as nações voltaram a se reunir em junho, mas não chegaram a um consenso. Washington acusa Pequim de usar "táticas predatórias" para obter tecnologia americana. A China nega e a afirma que a Casa Branca fere normas de comércio internacional com a imposição de tarifas. //ASSOCIATED PRESS