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Negociador agrícola da OMC revisa texto e abre caminho para Doha

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Por Redação
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O presidente das negociações agrícolas da Organização Mundial de Comércio (OMC) distribuiu um texto revisado na segunda-feira, abrindo caminho para uma reunião entre ministros em algumas semanas, com o objetivo de promover um acordo final na Rodada de Doha. Essa reunião de ministros seria para fechar as questões políticas de Doha, lançada em 2001 para impulsionar a economia mundial e ajudar os países pobres. O texto revisado não será publicado antes de terça-feira, mas o documento, cuja cópia foi obtida pela Reuters, não mostra mudanças significativas aos cortes propostos às tarifas e subsídios que serão definidos pelos ministros. O embaixador da Nova Zelândia na OMC, Crawford Falconer, que preside as negociações agrícolas, disse que acertou o texto para simplificar temas sobre os quais as negociações dos últimos três meses já renderam acordos ou convergências. "Tendi a optar pelas alternativas clássicas em casos onde existem o que eu chamaria de 'questões perigosas' na negociação. De fato, agora existem poucas restantes", disse ele em uma carta. Falconer convocou os delegados da OMC para discutirem o texto revisado a partir de 26 de maio. Essas discussões, e outras similares sobre o texto revisado de bens industriais entregue também nesta segunda-feira, levarão então a negociações por autoridades de alto escalão, que farão trocas entre agricultura e indústria. Por sua vez isso levaria a um entendimento de ministros sobre o esboço de um acordo, que os 152 membros da OMC concordaram que deve ser concluído até o final deste ano, já que haverá mudança na Presidência dos Estados Unidos. As trocas envolveriam os Estados Unidos reduzir seus subsídios agrícolas e a União Européia cortar as tarifas agrícolas, enquanto países em desenvolvimento reduzem as tarifas industriais. O texto de Falconer não fez nenhuma alteração aos cortes propostos aos subsídios. A questão tornou-se particularmente sensível com a crise global de alimentos, com os países pobres culpando os subsídios dos ricos por tirarem seus produtores do mercado e prejudicarem sua capacidade de produzir comida suficiente.

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