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Nervosismo leva dólar a R$ 3,50

A pesquisa eleitoral do Datafolha, que mostra a melhora da situação de Lula e aponta para uma possível vitória do petista já no primeiro turno das eleições, gera apreensão no mercado financeiro. Na abertura do mercado de câmbio, o dólar era negociado a R$ 3,50, com alta de 2,79%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Dados contraditórios de pesquisas voltam a gerar apreensões no mercado financeiro nesta manhã. Se a semana passada encerrou com o Ibope mostrando queda de Lula (de 41% para 39%) e estabilidade de Serra (em 19%), esta segunda-feira tem início computando os resultados do Datafolha, que apontam a tendência contrária, com Lula passando de 40% para 44% e Serra recuando de 21% para 19%. Os primeiros impactos dessa novidade são sentidos no mercado externo onde, no início da manhã, os títulos brasileiros eram negociados em forte queda e o risco Brasil subia para 2.151 pontos, há pouco, mostrando o nervosismo dos investidores com a possível vitória de Lula no primeiro turno das eleições presidenciais. Na abertura dos negócios, às 9h42, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,5000, em alta de 2,79% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já no mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagavam taxas de 21,950% ao ano, frente a 21,160% ao ano negociados na sexta-feira. Além das pesquisas, desde a tarde de sexta-feira o mercado opera com a notícia de que o vencimento de títulos e contratos atrelados à variação do câmbio do próximo dia 25, num total de US$ 1,5 bilhão, não será rolado. Isso ajudou a segurar a queda da cotação do dólar na sexta-feira e pode alimentar a pressão hoje, segundo operadores. O mercado externo também merecerá atenções. Nos EUA hoje é dia da divulgação do índice dos indicadores antecedentes que sai às 11 horas. "Todas as informações são no sentido da alta, mas o destaque é mesmo a corrida eleitoral e o mercado vai ficar volátil e nervoso, não só hoje, mas nos próximos dias, até as eleições", disse um experiente profissional, acrescentando que uma queda significativa do dólar é pouco provável e só ocorreria com uma grande surpresa.

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