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Nestlé compra gigante de papinhas Gerber por US$ 5,5 bi

Com o negócio, a Nestlé torna-se também a maior fabricante mundial do setor

Por Agencia Estado
Atualização:

A Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, comprará a gigante de comidas para bebês Gerber, dos Estados Unidos, da Novartis por US$ 5,5 bilhões em dinheiro. Com o negócio, a Nestlé torna-se também a maior fabricante mundial do setor. A Nestlé informou nesta quinta-feira, 12, que a transação deve dar a sua divisão de nutrição - que inclui comida infantil, nutrição médica e controle de peso - vendas anuais de cerca de 10 bilhões de francos suíços (US$ 8,21 bilhões). A Gerber, que produz papinhas a base de ervilhas e cenouras desde 1928, espera gerar US$ 1,95 bilhão em vendas em 2007 e deve melhorar a margem de lucro operacional da Nestlé imediatamente, segundo o grupo suíço. A Nestlé já é a maior fabricante mundial de fórmulas infantis e agora assume a principal posição em papinhas com a compra da Gerber. A Nestlé informou que planeja expandir globalmente as operações da companhia norte-americana. "Isso é como um iceberg que você somente vê a ponta", disse Richard Laube, diretor da divisão de nutrição, em teleconferência. A Nestlé não tinha uma marca de comida para bebês nos Estados Unidos e ansiava comprar a Gerber há mais de uma década. A companhia suíça recentemente comprou também os negócios com nutrição médica da Novartis por US$ 2,5 bilhões. O foco da Nestlé tem passado de produtos de massa para itens com margens elevadas, como alimentação hospitalar. A Novartis, quarto maior grupo farmacêutico do mundo, informou que planeja completar a venda da Gerber no segundo semestre de 2007, completando sua transição para um conglomerado focado 100% em saúde. Após a venda, a Novartis, que produz os medicamentos Diovan, para hipertensão, e Glivec, para leucemia, irá gerar toda a sua receita com negócios na área de saúde. Em 1996, o segmento representava 45% do faturamento do grupo. A Nestlé, tentou comprar a Gerber pela primeira vez em 1990, mas perdeu a disputa para a Sandoz, que acabou integrando-se à Novartis mais tarde.

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