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Neva em Buenos Aires e a crise energética se complica

Governo prevê mais cortes no fornecimento de gás e eletricidade na indústria

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Por Redação
Atualização:

Depois de 89 anos, voltou a nevar em Buenos Aires durante esse domingo, antecipando uma semana crítica no que diz respeito à crise energética na Argentina. Ninguém esperava que a onda de frio polar pudesse provocar uma nevada na capital federal e em várias cidades do interior. O espetáculo da neve levou os argentinos a abandonarem o refúgio de suas casas aquecidas para assistir à queda dos flocos brancos que cobriu carros, gramas e edifícios. As crianças brincaram como se estivessem em uma estação turística de neve. Mas se para o público a nevada foi um show que mereceu milhares de fotos, festas e até bonecos de neve, para o governo foi um péssimo sinal. O instituto de meteorologia projeta temperaturas abaixo de zero grau para toda a semana, levando o país ao pior momento da crise energética que o governo não reconhece. Haverá mais cortes de gás e de eletricidade para as indústrias que já são obrigadas a parar por oito horas diárias devido à falta de energia. O Chile também sofrerá com menores exportações de gás da Argentina. Diante do recrudescimento do inverno, a Casa Rosada emitiu na segunda o primeiro pedido à população para que poupe energia. Mantendo sua postura de não admitir a existência de uma crise no país, Alberto Fernández, o Ministro Chefe do Gabinete presidencial, disse que "todos devemos ser cuidadosos com o consumo de energia porque o problema não é da Argentina, mas de todo o continente".

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