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''New York Times'' demite e reduz salários

O concorrente ?Washington Post? estimula aposentadoria antecipada

Por Reuters e NOVA YORK
Atualização:

A empresa The New York Times Company, responsável pelo jornal The New York Times, demitiu 100 pessoas ontem e reduziu os salários dos funcionários não sindicalizados em 5% pelo resto do ano. A empresa disse ainda que, se não conseguir que seus funcionários sindicalizados concordem com uma redução semelhante, pode ser obrigada a cortar empregos na redação do jornal. A notícia se tornou pública com a divulgação de dois memorandos assinados por executivos da companhia e enviados aos funcionários. No mesmo dia, o jornal concorrente The Washington Post anunciou que quer fechar acordos com um número não informado de funcionários para que se aposentem antes do prazo previsto. As duas empresas estão sentindo os efeitos de uma queda na receita publicitária. A empresa mãe do New York Times enfrenta uma dívida grande e mantém uma operação jornalística cara. O Washington Post, por sua vez, está operando no vermelho. O grupo New York Times disse que funcionários não sindicalizados do New York Times Media Group, do The Boston Globe e de outras unidades terão um corte de 5% em seus salários. Em outras unidades da companhia, incluindo o Worcester e outros jornais, o corte será de 2,5%. Estão sendo demitidos cerca de 100 funcionários da área comercial do New York Times. Cerca de 15 funcionários sindicalizados foram demitidos, segundo comunicado divulgado na quinta-feira pelo Sindicato dos Jornais de Nova York. Não ficou claro se essas 15 demissões fazem parte das 100 anunciadas pela empresa. "Essa foi uma decisão muito difícil de tomar", afirmaram o copresidente do New York Times, Arthur Sulzberger Jr., e a executiva chefe da New York Times Company, Janet Robinson, em um dos comunicados. "O ambiente em que estamos vivendo é o mais difícil que já enfrentamos em todos nossos anos atuando neste setor." A empresa pediu aos funcionários sindicalizados que concordem com a redução salarial e com um aumento de seu tempo de férias. Em uma carta assinada por vários executivos, incluindo o editor executivo do jornal New York Times, Bill Keller, a empresa afirma que a adesão dos sindicatos em Nova York pode ajudar a evitar demissões de jornalistas na redação.

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