PUBLICIDADE

Publicidade

Nextel ainda quer operar 3G

Operadora promete participar de novo leilão em 2008

Por Renato Cruz
Atualização:

A Nextel, que opera o serviço de comunicação móvel por rádio, foi apontada como a principal responsável pelos ágios elevados no primeiro dia do leilão da terceira geração da telefonia celular (3G), apesar de não ter levado nenhuma licença. Quarta-feira, segundo dia, sua atuação foi muito menos agressiva e as diferenças entre as ofertas vencedoras e os preços mínimos caíram. O leilão terminou ontem. Segundo Alfredo Ferrari, vice-presidente Jurídico e Regulatório da Nextel, a perda das licenças para as primeiras duas áreas afetou o plano de negócios traçado pela companhia e diminuiu o interesse pelo restante do leilão. "Nossa estratégia mudou por termos perdido", explicou o executivo. As duas área incluíam mercados importantes, como Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. A primeira correspondia ao Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe. A segunda às Regiões Sul e Centro-Oeste e aos Estados de Rondônia, Tocantins e Acre. "Não foi nosso objetivo entrar para criar ágio", afirmou Ferrari. Alguns analistas apontaram que a estratégia da Nextel poderia ter sido fazer com que as concorrentes desembolsassem mais pela licença. Ele também negou que havia um investidor oculto apoiando a entrada da empresa no leilão. "Somos controlados pela NII Holdings, uma empresa de capital aberto nos Estados Unidos." A Nextel planeja participar do leilão da banda H, uma nova licença de 3G que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja licitar no primeiro semestre de 2008. "Nossa prioridade é desenvolver o Iden (sistema de rádio)", disse Mario Carotti, vice-presidente de Marketing da Nextel. "Os serviços de 3G vão enriquecer o portfólio." A empresa também tem interesse em participar do leilão das freqüências de banda larga sem fio, com tecnologia WiMax. "Não é segredo que apresentamos propostas no ano passado", apontou Ferrari. A licitação de 2006 foi interrompida por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). A Anatel planeja retomar o processo no primeiro trimestre de 2008. A Nextel tem cerca de 1,2 milhão de clientes no País. A NII Holdings controla as operações da empresa no Brasil, Argentina, Chile, México e Peru. Ela não tem relação com a operadora americana Sprint Nextel.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.