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Nissan abre 578 vagas e anuncia segundo turno de trabalho na fábrica de Resende

Grupo afirma que o principal motivo de uma segunda equipe é a ampliação da produção do novo Kicks; Toyota também anunciou recentemente um terceiro turno para a unidade de Sorocaba

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A Nissan anunciou nesta quarta-feira, 6, a reabertura de um segundo turno de trabalho a partir de fevereiro na fábrica de Resende (RJ) e a contratação de 578 funcionários. A seleção para as vagas começam neste mês. Com a medida, a empresa vai ampliar a produção do utilitário-esportivo Kicks em 60%, para 400 unidades ao dia.

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A empresa estava operando em apenas um turno desde junho do ano passado quando, em razão da queda da produção e das vendas por causa dos efeitos da pandemia de covid-19, suspendeu uma turma de trabalho e demitiu 398 funcionários. Hoje a montadora empresa 1,8 mil trabalhadores, dos quais 800 na linha de produção. 

No mês passado, outro grupo japonês, a Toyota, também anunciou um novo turno na fábrica de Sorocaba (SP), que em novembro passa a operar com três equipes, 24 horas. O grupo também abriu 850 vagas.

O presidente da Nissan do Brasil, Airton Cousseau, diz que a demanda pelo modelo, renovado em março, está crescendo, assim como as exportações para a Argentina e o Paraguai. “Esse novo turno é diferente do anterior, até porque agora estamos produzindo um único modelo, mas de maior valor agregado.”

Antes da pandemia a fábrica produzia também os automóveis March e Versa, e o tíquete médio de vendas de cada um deles era 35% inferior ao do Kicks. O modelo teve alterações de design, recebeu mais itens tecnológicos e seu preço parte de R$ 99,2 mil. 

Estratégia é produzir um único modelo de maior valor agregado, afirma Cousseau Foto: Nissan/Divulgação

Cousseau informa que, assim como as demais montadoras do Brasil e do mundo, a Nissan também enfrenta problemas de desabastecimento de semicondutores, mas de forma menos intensa. Até agora, a linha de produção ficou parada, ao todo, por 18 dias. Neste mês vai operar normalmente e ainda terá dois sábados de hora extras pata tentar recuperar parte do que foi perdido.

A compra de semicondutores normalmente é feita pelas matrizes, que depois redistribui para as subsidiárias. Em muitos casos, as fabricantes estão optando por enviar os componentes aos mercados de maior volume de produção. “Nós estamos recebendo o suficiente para manter a fábrica rodando e isso é uma demonstração de como a Nissan do Brasil é importante para a corporação, afirma o executivo.

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Obra de arte exclusiva

Guy Rodríguez, presidente e diretor geral da Nissan América do Sul, confirma o complexo industrial de Resende é estratégico para a evolução da Nissan no Brasil e em toda a América do Sul.

“Com o novo turno, além de demonstrar mais uma vez nosso compromisso de longo prazo com os brasileiros, teremos mais volume para suprir a forte procura que o novo Kicks está tendo desde a sua chegada ao mercado”, afirma Rodríguez.

A Nissan completa neste mês 21 anos do início de suas atividades oficiais no País. Além do Kicks, a marca vende no País o Versa importado do México, a Frontier que vem da Argentina e elétrico Leafvem da Inglaterra.

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“Estamos acelerando nossas ações alinhadas ao plano de transformação global da marca, que está comprometida com a inovação constante e inclui desde novos serviços de mobilidade até soluções focadas na experiência dos clientes”, afirma Cousseau.

Entre as novas ações da marca japonesa estão a criação de um showroom virtual, que estreou em junho e, segundo a empresa, é uma maneira de levar a concessionária para dentro da casa do cliente, ou para onde ele quiser. Uma campanha de vendas da série especial do Kicks de apenas mil unidades para o mercado brasileiro e 350 para o argentino presenteia o comprador com uma obra de arte eletrônica, conhecida como NFTs - criptoativos colecionáveis exclusivos.

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