PUBLICIDADE

Nissan nega acusação de desrespeito às leis trabalhistas nos EUA

Representantes da CUT e da Força Sindical promoveram protesto contra a empresa nesta quinta; sindicato nos EIA convocou a manifestação

Por Fernanda Nunes
Atualização:
Trabalhadores protestam contra a Nissan no Rio Foto: Marcelo Sayão/EFE

RIO - A Nissan, em resposta à manifestação de trabalhadores ocorrida no Centro do Rio, pela manhã desta quinta-feira, afirmou que "respeita as leis trabalhistas" e mantém contato com sindicatos nas localidades onde estão instaladas suas fábricas, no mundo todo. A acusação contra a empresa é de perseguição a sindicalistas do Mississipi, nos Estados Unidos, e submissão dos funcionários do estado norte-americano a condições desumanas de trabalho.  De acordo com a United Auto Works Union (UAWU), entidade sindical nos EUA que convocou a manifestação no Rio, a Nissan chegou a obrigar funcionárias da fábrica no Mississipi a usar fralda geriátrica para evitar a ida ao banheiro e, com isso, a interrupção do trabalho. Sobre as condições de trabalho no Brasil não há queixas, disse o diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) Waldir Freire Dias. "Por estar há pouco tempo em Resende (RJ), a Nissan mantém conversa com os sindicatos. Mas, nos Estados Unidos, a situação é bem diferente. Uma empresa que se coloca como patrocinadora de um evento internacional, como as Olimpíadas, precisa se posicionar sobre como trata os seus funcionários", afirmou Dias.  Representantes da CUT e da Força Sindical promoveram o protesto contra a empresa em frente à sede do comitê organizador dos jogos olímpicos, o Rio 2016, com o argumento de que uma patrocinadora das olimpíadas não deveria desrespeitar as leis trabalhistas. "Não somos contrários aos investimentos da Nissan ou às Olimpíadas. Estamos protestando pelos trabalhadores. Queremos que a Nissan respeite as leis trabalhistas", disse Dias. Em nota, a empresa afirmou que "oferece excelentes benefícios, um ambiente de trabalho que ultrapassa os parâmetros definidos pela indústria".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.