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Nível de crédito é o menor em 8 anos

Apenas 49,6% do pré-embarque foi financiado no 1.º trimestre

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Por Redação
Atualização:

Além da retração da demanda mundial e da sobrevalorização do real frente ao dólar, o exportador brasileiro ainda enfrenta problemas de falta de financiamento. Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que só 49,6% das exportações do País contaram com crédito pré-embarque no primeiro trimestre de 2009. É o nível mais baixo nos últimos oito anos (período analisado pela entidade), o que reflete os efeitos da crise global. Entre 2002 e 2008, a participação média do crédito sobre o valor exportado no primeiro trimestre foi de 64,9%. No ano passado, essa fatia representou 58,8%. O estudo constatou que foi a retração nos pagamentos antecipados que derrubou a oferta de crédito este ano. As linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) mantiveram praticamente a mesma proporção do montante contratado sobre exportações (26,5%). Já a participação das linhas internas e públicas recuaram de 4%, em 2008, para 3%, agora. Restrito a empresas de um mesmo grupo, o montante de pagamento antecipado sobre o total das exportações brasileiras desabou de 28,3%, no primeiro trimestre de 2008, para 20,1%, neste ano. Por essa modalidade, o importador envia o pagamento da operação ao exportador antes do embarque da mercadoria para o exterior. O diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, defende a criação de linhas de crédito pré-embarque à exportação com "funding" em reais. Atualmente, os ACCs usam recursos captados de bancos estrangeiros e repassados por bancos nacionais. Giannetti propõe que sejam criados ACCs em reais, que usariam recursos do depósito compulsório dos bancos. Segundo ele, isso evitaria a antecipação do fluxo de entrada de câmbio e seus efeitos de valorização cambial.

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