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Nível de emprego cai 0,14% em junho ante maio, diz Fiesp

O nível de emprego na indústria paulista caiu 1,06% na comparação de janeiro a junho ante o mesmo período de 2001. E caiu 3,50% na comparação dos últimos 12 meses com o mesmo período anterior.

Por Agencia Estado
Atualização:

O nível de emprego industrial caiu 0,14% em junho ante maio, com o fechamento de 2.223 vagas, e confirmou a expectativa negativa da Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo. No acumulado de janeiro a junho deste ano, já foram fechadas 16.909 vagas na indústria, uma queda de 1,06% ante igual período do ano passado. Em 12 meses terminados em junho, a queda no nível de emprego foi de 3,50%, que representam 56.152 postos de trabalho. Entre os 47 sindicatos patronais pesquisados, 22 tiveram desempenho negativo (mais demitiram do que contrataram), outros 18 tiveram desempenho positivo e sete se mantiveram estáveis. As empresas que mais demitiram foram as dos setores de mármores e granitos (-9,81%) e de curtimento de couros (-6,43%). A perspectiva de continuação no segundo semestre da baixa demanda e do fraco nível da atividade industrial vistos nos primeiros seis meses levaram Fiesp a rever as projeções de crescimento do emprego para este ano e a apostar em, no máximo, equilíbrio com o ano passado, afirmou Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da entidade. "No início deste ano e até o final de maio, pensávamos que haveria recuperação do emprego até dezembro. Com os dados de junho podemos ver que as chances disso acontecer são pequenas", disse. "Se terminarmos o ano recuperando esses quase 17 mil postos perdidos já estaremos no lucro. Podemos considerar um gol se igualarmos com dezembro do ano passado", afirmou. Esta expectativa se baseia também na queda das horas trabalhadas na produção, de 1,9% de janeiro a maio. "Não só teve aumento do desemprego. Vemos também que aqueles que continuam empregados estão trabalhando menos, aumentou a ociosidade do trabalhador", explicou. É normal nas empresas só contratar quando não houver mais ociosidade. Por esse raciocínio, as indústrias paulistas só contratarão se o nível de atividade crescer muito.

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