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Nível de emprego industrial cresce 0,3%

Por Agencia Estado
Atualização:

Após quatro meses consecutivos de queda, o nível do emprego industrial cresceu 0,3% em março, em comparação ao mês de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, o emprego caiu 1,8% em relação a março de 2001 e ?1,9% no acumulado do primeiro trimestre, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego e Salário (PIMES) do IBGE. De acordo com gráfico de médias móveis trimestrais da pesquisa, a trajetória do nível de emprego é declinante, com o trimestre encerrado em março sendo 1,5% menor que o terminado em dezembro. Apenas entre o segundo e o primeiro trimestre de 2001 houve crescimento (0,6%). Do segundo para o terceiro trimestre de 2001 houve queda de 0,4% e, do terceiro para o quarto trimestre do ano passado, a queda foi de 0,5%. O número de vagas na indústria aumentou em dez dos quatorze locais pesquisados pelo IBGE em março em relação ao mês anterior. O maior número de vagas foi criado na região Sudeste, onde o aumento correspondeu a 0,6%, principalmente no Estado de São Paulo (0,7%). Na região Sul, o aumento no número de vagas na indústria foi proporcionalmente maior, com 1,0%, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde o crescimento foi de 1,7%. No Nordeste houve redução de 2,8%, sendo que a maior redução ocorreu em Pernambuco, de 7,9%. Indústria têxtil Setorialmente, treze dos dezoito ramos pesquisados pelo IBGE tiveram aumento o total de postos de trabalho em março, com destaque para têxtil (1,5%), fumo (15,9%) e calçados e couro (1,2%). Os setores com maior queda foram alimentos e bebidas (-0,8%) e borracha e plástico (-0,5%). Em relação a março de 2001, houve redução de 1,8% nos postos de trabalho na indústria. Nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior, os resultados regionalizados mostraram queda em onze áreas, enquanto que, por atividade industrial, quinze ramos mostraram queda no emprego. Os principais destaques negativos foram máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (-12,9%), madeira (-9,2%), máquinas e equipamentos - exclusive elétricos (-3,7%) e fabricação de meios de transporte (-3,5%). O índice acumulado no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano anterior, apontou redução de 1,9% na ocupação do setor industrial. Em nível nacional, quatorze segmentos reduziram o número de empregados. Regionalmente, o Sudeste figura como a principal contribuição negativa no cômputo geral (-3,4%), com o Rio de Janeiro apresentando a queda mais acentuada (-6,4%). São Paulo (-3,4%) e Minas Gerais (-2,2%) também pressionaram negativamente o resultado global. Horas pagas Houve queda de 2,9% no total de horas pagas em março deste ano em relação a março de 2001 e de 2,7% no primeiro trimestre deste ano contra o mesmo período do ano passado, informou o IBGE. Em relação a fevereiro deste ano, o total de horas pagas em março cresceu 3,7%. Esse movimento, basicamente influenciado pelo maior número de dias úteis em março frente a fevereiro, foi acompanhado por treze das quatorze regiões pesquisadas. Pernambuco porém, teve queda de 6,4% na jornada de trabalho. Ainda na comparação março/fevereiro de 2002, analisando os ramos industriais, todos os setores apontaram crescimento da jornada de trabalho. Folha de pagamento O valor da folha de pagamento do setor industrial caiu 3,6% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2002, a queda é de 3% e não houve variação na folha de fevereiro para março. O valor médio da folha de pagamento por trabalhador caiu em todos os confrontos: -0,3% de fevereiro para março, -1,8% em relação a março de 2001 e -1,2% no acumulado para o primeiro trimestre. Nível de emprego depende do ?crescimento econômico" "O nível de atividade na indústria não está sendo suficiente para reverter a trajetória de queda do emprego, que fica dependendo de um maior crescimento econômico", disse a economista do Departamento de Indústria do IBGE, Isabela Nunes Pereira. De acordo com ela, é basicamente isso o que mostra a pesquisa de emprego e salário na indústria divulgada hoje. Ela observou que nas comparações entre março e fevereiro é preciso considerar que essa pesquisa não tem ajuste sazonal e que o mês de março deste ano teve menos dois dias úteis que o mesmo mês do ano passado, "o que influi nos resultados inclusive em termos de produção".

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