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Nível de emprego na indústria de SP cresce 5,4% em 2005

Apesar das críticas aos juros elevados do País e à valorização do real ante o dólar, Dieese e Seade creditam o bom desempenho do setor industrial à manutenção do elevado patamar de exportações do País.

Por Agencia Estado
Atualização:

O nível de emprego da indústria paulista em 2005 cresceu 5,4%, com a criação de 83 mil postos de trabalho. Os números foram apontados pela pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) "Surpreendeu agradavelmente o fato do nível de ocupação da indústria ter subido. Apesar do baixo crescimento econômico do País, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial paulista, pelo cálculo da Fundação Seade, tem crescido fortemente. Em 2004, subiu 11,8% em relação a 2003. Em 2005, deve ter crescido entre 4% e 4,5% sobre 2004", afirmou o coordenador de análise da PED pela Fundação Seade, Alexandre Loloian. Exportações puxaram resultado Apesar das críticas aos juros elevados do País e à valorização do real ante o dólar, os especialistas das duas instituições creditam o bom desempenho do setor industrial à manutenção do elevado patamar de exportações do País. Além disso, outro ponto destacado foram os efeitos sobre o consumo trazidos pelo crédito em consignação em folha de pagamento. "Os preços internacionais permaneceram em alta em toda área de metalurgia. Apesar da queda da rentabilidade provocada pelo câmbio valorizado, ninguém pára de exportar e correr o risco de perder mercado", analisou Loloian. Assim, foi constado pela PED desempenho positivo no emprego industrial nos segmentos de artefatos de borracha (26,7%), têxtil (14,2%), alimentação (12,7%), vestuário, calçados e artefatos de tecido (11,7%), mobiliário e produtos de madeira (9,7%), metal-mecânica (6,1%), química, farmacêutica e plásticos (5,7%). Por outro lado, verificou-se corte de postos nos segmentos de papel, papelão e cortiça (-18,4%), material de construção (-11,6%) e artesanato (-10,6%).

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