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No Brasil, queda da inflação foi lenta durante a crise

Por AE
Atualização:

O Brasil, na comparação com países desenvolvidos e outros emergentes, tem apresentado um ritmo mais lento de redução da taxa de inflação. A queda acentuada dos preços - em alguns casos, com forte deflação - tem sido um dos principais efeitos da crise econômica mundial desde a fase aguda no fim do ano passado, mas, no caso brasileiro, há uma resistência da inflação que chama a atenção dos economistas tanto do Banco Central (BC) como do Ministério da Fazenda. Segundo fontes do governo, essa percepção da "rigidez da inflação" é justificada por fatores como o ainda elevado nível de indexação da economia e também porque o Brasil, sustentado pelo mercado interno, foi um dos países que menos sofreram os impactos da crise financeira. Os dados disponíveis mostram que, em setembro de 2008, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência do sistema de metas de inflação, registrava alta de preços acumulada em 12 meses de 6,25%. Em agosto de 2009, o indicador estava em 4,36%, passando para 4,34% em setembro. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação de outubro jogou o acumulado nos últimos 12 meses para 4,17%. Nos Estados Unidos, epicentro da crise, a inflação acumulada estava em 3,7% nos 12 meses até setembro de 2008. Quase um ano depois, o índice, nos 12 meses até agosto de 2009, apontava deflação de 1,3%. A zona do euro teve índice de preços passando de 3,2% em 12 meses em setembro de 2008 para uma deflação de 0,3% no acumulado até agosto de 2009. O Japão também registrou deflação e o Reino Unido teve uma queda drástica da inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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