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No Conselhão, Temer vê retomada da economia e destaca investimento estrangeiro

Presidente diz que dados do comércio exterior e contas públicas mostram que governo está colocando a casa em ordem

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Por Redação
Atualização:
Presidente Temer discursa na abertura do Conselhão Foto: André Dusek/Estadão

Apesar da queda de 3,6% do PIB brasileiro em 2016, o presidente Michel Temer comemorou os sinais de retomada da atividade e disse que isso o motiva a trabalhar ainda mais. Entre os sinais de retomada, Temer citou como exemplo o aumento do investimento estrangeiro direto, o bom resultado da balança comercial e a melhora das contas públicas.

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"O investimento somou US$ 11,5 bilhões em janeiro. Isso mostra que está se reestabelecendo a confiança no País. A balança comercial teve o melhor resultado desde o início da série histórica em 1989, as contas públicas registraram em janeiro o maior superávit da série e o risco Brasil caiu para 270 pontos", disse Temer durante a discurso na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o Conselhão. "Esses, portanto, são alguns entre os muitos exemplos que revelam que nós temos posto a casa em ordem. Esses são resultados que nos motivam a trabalhar muito mais", disse o presidente. 

Temer também comemorou o avanço das reformas estruturais e avaliou como "ousada" a agenda proposta pelo governo. "Estamos encarando com muita coragem, se não até com relativa ousadia, as reformas que o Brasil demanda e precisa. Não há atalhos nem passes de mágica nessa matéria. É preciso coragem e ousadia", disse. 

O presidente lembrou que na reunião anterior do Conselhão, em novembro, o governo não havia aprovado o teto de gastos públicos. "Nós conseguimos em seguida com grande apoio do Congresso Nacional", disse, ao lembrar que também foi aprovada a reforma do ensino médio.

Inflação. Temer disse que a inflação vem recuando em ritmo mais acelerado do que muitos previam e até do que ele mesmo esperava. "No ritmo que estamos, é provável que cheguemos ao fim do ano com inflação inferior à meta de 4,5%", afirmou.

Temer ressaltou que a inflação passou de mais de 10% para fechar 2016 abaixo da meta. "Em janeiro, a alta foi de apenas 0,31%, o que derruba inflação para cerca de 5% em fevereiro", comentou. 

O presidente ressaltou ainda os cortes na taxa Selic e disse que a perspectiva é de queda "paulatina e responsável". "Não adianta reduzir juros irresponsavelmente", acrescentou. Temer destacou o esforço do governo para a retomada da confiança e melhoria dos indicadores.

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No início de sua fala, Temer ressaltou a "extraordinária" interação entre os poderes Legislativo e Executivo e disse que todos estão preocupados em "reequacionar" o País. Ele destacou que o 'risco Brasil' caiu para 270 pontos.

Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, o presidente, que recebeu críticas por reduzir a participação de mulheres à frente dos ministérios no início de seu governo, abriu a reunião listando feitos ao longo de sua carreira pela igualdade de gênero, como a criação da primeira Delegacia da Mulher quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo e da Procuradoria Parlamentar da Mulher quando foi presidente da Câmara dos Deputados. O presidente também afirmou ter aumentado em 70% o número de mulheres no Conselhão. "A maneira eficaz de comemorar o Dia da Mulher é fazer com que palavras sejam acompanhadas de ações", completou. 

Temer afirmou ainda que o propósito do conselho é fomentar o diálogo com a sociedade. "O objetivo fundamental é o crescimento com combate ao desemprego. Queremos colocar o País nos trilhos para que quem venha depois possa conduzir a locomotiva com trilhos ajustados", afirmou.