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No fim, Bovespa sucumbe a pressão de NY e marca 5a queda

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A recuperação das ações de empresas ligadas a commodities foi insuficiente para sustentar a Bolsa de Valores de São Paulo, que sucumbiu à pressão negativa de Wall Street e cravou a quinta queda seguida. O Ibovespa fechou com baixa de 0,58 por cento, para 56.869 pontos, no menor nível desde 23 de janeiro. O giro financeiro foi de 4 bilhões de reais, o segundo menor em julho. Na maior parte do dia, a recuperação das ações de Petrobras, Vale e de siderúrgicas permitiu ao índice operar no azul, na contramão dos mercados internacionais. Mas esse movimento foi superado na última hora do pregão, à medida que as ações de bancos domésticos acompanharam o aprofundamento das perdas do setor nas bolsas nova-iorquinas. O índice Dow Jones afundou 2,11 por cento, depois que a intervenção de autoridades regulatórias em dois pequenos bancos, um do Estado de Nevada e outro da Califórnia, reacendeu temores de novas perdas de maior vulto relacionadas à crise de crédito nos Estados Unidos. "Cada nova má notícia do setor financeiro retroalimenta o medo dos investidores de novas perdas grandes", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos. Mais uma vez, o fato de os bancos brasileiros não terem qualquer relação com a crise em nada ajudou. O mau desempenho setorial foi liderado pelas ações ordinárias do Banco do Brasil, que caíram 4,9 por cento, para 23,07 reais. A pressão sobre o índice foi acentuada pelas empresas aéreas, devido à alta nas cotações do petróleo. As ações preferenciais da TAM foram as mais penalizadas, despencando 6,7 por cento, para 32,18 reais. Uma queda ainda maior do Ibovespa foi impedida pela recuperação das ações ligadas a commodities. A preferencial da Petrobras subiu 1 por cento, a 34,85 reais. A preferencial da Vale avançou 0,45 por cento, para 38,15 reais.

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