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No Hilton, segurança até para ir ao salão de beleza

Por Ana Paula Lacerda
Atualização:

Ontem, o Hotel Hilton ainda não estava fechado para clientes, segundo a organização do evento. Entrar, porém, não era simples. Ao telefonar para o salão Jacques Janine, no subsolo do Hilton, a atendente explicava que era possível marcar hora, mas a pessoa "precisaria passar por alguns seguranças" na entrada. Por "alguns seguranças", entenda-se duas viaturas da Polícia Federal, quatro da Polícia Civil, oito policiais militares com motos da Rocam, 12 policiais militares fardados e quatro seguranças do hotel - apenas no saguão. "É por causa da reunião", disse um funcionário do hotel, que não soube precisar quem estava hospedado lá. "Não recebemos os nomes de quem está em cada quarto. É sigilo até pra nós." A cerca de 20 metros da entrada principal do hotel, um segurança perguntava quem chegava e confirmava pelo rádio com a recepção se aquela pessoa era esperada. Outro segurança acompanhava até os elevadores. No entanto, não foi pedido documento de identidade para confirmar o nome informado. "Trabalhamos aqui e precisamos passar no detector de metais a cada saída", disse um funcionário do salão. A recepcionista riscava a agenda do dia com uma caneta vermelha. "São cancelamentos." Menos de 10% dos clientes apareceram. "A sexta é sempre boa, mas hoje (ontem) foi um dos piores dias do ano."

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