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No Itaim, fugir do preço alto é impossível

Bairro tem grande oferta de estacionamentos, mas é difícil conseguir mensalidade abaixo de R$ 300

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Por Redação
Atualização:

Há pouco mais de um ano e meio trabalhando no Itaim Bibi, Danilo Viel já percorreu a chamada "saga dos estacionamentos". O jovem de 22 anos já passou por quatro no período, mas ainda não desistiu da busca. Se começou pagando R$ 270 por mês para deixar seu carro das 9h às 17h de segunda a sexta, hoje já desembolsa R$ 330.

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Segundo ele, que trabalha como estagiário de uma consultoria, achar um lugar bom e barato na região é talvez mais difícil do que procurar uma agulha no palheiro.

"Quando soube que ia para lá, comecei a pesquisar estacionamentos na região, mas não tinha nada barato. Achei um que custava R$ 250, mas havia uma lista de espera de mais de 30 pessoas", conta.

Danilo foi então para o mais barato que encontrou disponível, cuja mensalidade era de R$ 270. No entanto, ficou insatisfeito com o serviço e o esquema do local, retomando a busca.

O estagiário fechou com um segundo estacionamento, que cobrava R$ 300. "Só durou um dia: no dia seguinte fui comunicado que haviam fechado o prédio e o estacionamento não iria mais funcionar", conta.

O próximo da lista foi um estabelecimento que cobrava R$ 330 por mês. Uma mudança brusca no preço, contudo, o fez cair fora. "De um dia para outro recebi um boleto me cobrando R$ 350, sem qualquer aviso ou notificação. Achei uma completa falta de respeito", conta.

Em setembro do ano passado, Danilo foi então para o seu quarto estacionamento, no Extra Hipermercados, onde está até hoje, pagando R$ 330 por mês.

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Sem saída.

Danilo mora em Perdizes e demora cerca de 40 minutos para chegar ao trabalho, mas está em busca de alternativas para escapar dos estacionamentos. "O preço é desrespeitoso, fora do normal. Até comecei a procurar outros meios de ir para lá, pois está ficando inviável", diz. "Tem estacionamento em todo o canto, são incontáveis, mas todos com preços altos."

O problema maior, segundo ele, é o fato de a região ser mal servida de transporte público. "É um lugar extremamente movimentado, cheio de escritórios, bares e restaurantes. Só que não tem metrô e tem pouco acesso de transporte público, então os estacionamentos acabam deitando e rolando. Como estamos num lugar privilegiado, eles acabam cobrando muito mais", diz.

Ele afirma que, por ser estagiário, o alto custo para estacionar a acaba pesando ainda mais em seu bolso No entanto, no escritório em que trabalha, a insatisfação é geral. "Todos lá ficam abismados com o preço, acham uma palhaçada. Até o chefe!", conta.

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