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No mercado, troca de marca e lista menor

Leite, queijo e carne estão entre mais caros

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Por Redação
Atualização:

Nos corredores dos supermercados, o consumidor já sente os efeitos da maior alta no preço dos alimentos dos últimos quatro anos, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Como o aumento foi mais expressivo em itens básicos, como leite e derivados e carne, a solução acaba sendo reduzir a quantidade comprada ou trocar a marca do produto. Foi o que fez o aposentado José Rodrigues, de 72 anos. Ele reorganizou sua lista de compras para continuar levando para casa leite e queijo - itens que acumulam alta de 28,49% no preço este ano. "Antes, gastava R$ 9 numa peça de queijo e hoje pago R$ 12." Para aliviar o peso dos produtos no orçamento, diminuiu pela metade o consumo do laticínio e trocou a marca do leite por uma mais barata. "O pior é que é um alimento que não dá para deixar de consumir." Com duas crianças em casa, a comerciante Joelma Rodrigues passa pela mesma situação. "Minhas filhas tomam muito leite, não posso parar de comprar", diz Joelma, que percebeu um aumento de 20% no preço do alimento no último mês. A saída, segundo ela, foi visitar vários supermercados, em busca de promoções e preços mais baixos. "Não encontrei por menos de R$ 2,35 uma caixa de leite que saía por R$ 1,85." Parada em frente às gôndolas com mais de uma dezena de marcas de leite, a dona de casa Maria Aparecida Monteiro estava em dúvida sobre qual optar. "Todos estão um absurdo de caro." Ela tem comprado uma caixa de leite no mês, no lugar de três, e cortou o queijo da lista de compras. Conseguiu até economizar: a conta mensal no mercado diminuiu 20%. A carne, outro produto que acumula alta, segundo o IBGE, também começa a pesar no bolso dos consumidor e provocar mudança no hábito de alimentação. Maria conta que passou a consumir o alimento apenas três dias por semana. Nos outros, alterna o cardápio com frango e peixe. "Não dá mais para comer carne todo dia."

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