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No mundo em crise, pechincha pode enganar

Vice-presidente da Braskem conta como a empresa negociou por 6 meses compra nos EUA

Por Leandro Mode
Atualização:

Ao anunciar a fusão de seus bancos, os presidentes do Itaú, Roberto Setubal, e do Unibanco, Pedro Moreira Salles, disseram que um dos principais objetivos do gigante que se formava era a internacionalização. O momento parecia perfeito. A crise pegou em cheio o sistema bancário global e, em tese, abriu oportunidades mundo afora. Em mais de uma ocasião, porém, Setubal freou as especulações. "Banco barato, normalmente, é banco ruim. Queremos banco bom." A recente aquisição da americana Sunoco Chemicals pela gigante petroquímica brasileira Braskem, por US$ 350 milhões, mostra que a máxima do banqueiro vale para qualquer setor da economia. "Dava para ter comprado algo por US$ 80 milhões? Dava. Mas o que buscamos é um equilíbrio entre o preço e a qualidade do negócio", afirma o vice-presidente de Finanças da Braskem, Carlos Fadigas. Segundo ele, as conversas com a Sunoco, que fabrica resinas plásticas, levaram seis meses. "Equipes nossas visitaram as instalações da Sunoco, fizemos auditoria na empresa, etc." Outro negócio que engordou as estatísticas do Investimento Brasileiro no Exterior (IBD) em 2010 foi a compra da cimenteira portuguesa Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa, por mais de 1 bilhão (quase R$ 3 bilhões). "O processo de expansão externa da Camargo Corrêa Cimentos remete à internacionalização de outras unidades, como a construtora, pioneira que atua em 18 países, a Alpargatas, com presença global, e a A-port, na gestão de aeroportos no Chile, Colômbia, Honduras e Curaçao, entre outras", diz o presidente do Conselho de Administração do Grupo, Vitor Hallack.Compra de pesoCARLOS FADIGAS VICE-PRESIDENTE DE FINANÇAS DA BRASKEM"Dava para ter comprado algo por US$ 80 milhões?Dava. Mas o que buscamos é um equilíbrio entre o preço e a qualidade do negócio (sobre acompra da Sunoco Chemicals pela Braskem, por US$ 350 milhões)"

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