Prêmio de economia é entregue para dois americanos, Willam D. Nordhaus e Paul M. Romer, que desenvolveram estudos sobre o tema
Beatriz Bulla, correspondente - O Estado de S.Paulo
WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.
William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.
Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS
Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.
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No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.
Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.
O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.
Carbono
Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”
Conheça todos os vencedores do Prêmio Nobel de Economia
1 | 52 Prêmio Nobel de Economia de 2020 foi atribuído aos norte-americanos Paul Milgrom (direita), de 72 anos, e Robert Wilson, 83 Foto: EFE/EPA/ANDREW BRODHEAD ▲
2 | 52 Michael Kremer, Esther Duflo e Abhijit Banerjee são os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019. Eles foram premiados pela abordagem experimental em aliviar a pobreza no mundo. Foto: Christine Olsson/TT News Agency via REUTERS ▲
3 | 52 Os americanos William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganharam o Prêmio Nobel de Economia por abordarem métodos para favorecer o crescimento sustentável. Em seus estudos, eles integraram mudança climática e inovação tecnológica com o crescimento econômico. Foto: Reuters ▲
4 | 52 O americano Richard H. Thaler, de 72 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas a respeito da economia comportamental. Em suas pesquisas, Thaler mostrou como algumas características humanas, como a racionalidade limitada, suas preferências sociais e até mesmo a falta de autocontrole impactam suas finanças pessoais e, por consequência, orientam um determinado comportamento do mercado. Foto: Carsten Rehder/EFE ▲
5 | 52 O britânico Oliver Hart e o finlandês Bengt Holmstrom foram os premiados com o Nobel de Ciências Econômicas de 2016, pelos estudos sobre a "teoria dos contratos". Foto: EFE ▲
6 | 52 O escocês Angus Deaton foi premiado por seus estudos que relacionam consumo, pobreza e bem-estar. Foto: Divulgação ▲
7 | 52 O francês Jean Tirole, então com 61 anos, foi escolhido pela academia por seu estudo sobre o poder de mercado das empresas. Foto: Fred Lancelot/Reuters ▲
8 | 52 Os norte-americanos Robert Shiller, de 67 anos, Lars Peter Hansen, de 61, e Eugene Fama, de 74, foram premiados pela análise empírica do preço dos ativos. Foto: A. Mahmoud/Nobelprize.org ▲
9 | 52 Alvin Roth, de 60 anos, e Lloyd Shapley, de 89 anos, ambos dos Estados Unidos, ficaram com o prêmio por pesquisas sobre como relacionar os agentes de determinados mercados. Foto: U.Montan/Nobelprize.org ▲
10 | 52 Os norte-americanos Thomas Sargent, de 68 anos, e Christopher Sims, de 69 anos, receberam o prêmio pela pesquisa empírica sobre causa e efeito na macroeconomia. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
11 | 52 Peter A. Diamond, de 70 anos (EUA), Dale T. Mortensen, de 71 (EUA), e Christopher A. Pissarides, de 62 (Inglaterra/Chipre), receberam o Nobel por estudo das relações entre a política econômica e o desemprego. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
12 | 52 Os norte-americanos Elinor Ostrom, de 76 anos, e Oliver Williamson, de 77, ganharam pela análise da governança econômica. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
13 | 52 O norte -americano Paul Krugman, então com 50 anos, foi premiado por sua teoria que integra comércio e geografia econômica. Foto: Bobby Yip/Reuters ▲
14 | 52 O russo Leonid Hurwicz, de 90 anos, e os norte-americanos Eric Maskin, de 57, e Roger Myerson, de 56, ganharam por pavimentar as fundações da teoria do desenho de mecanismos. Foto: E. Ayoubzadeh e U. Montan/Nobelprize.org ▲
15 | 52 Edmund Phelps, de 73 anos, dos Estados Unidos, ficou com o Nobel por seu trabalho sobre as relações dos efeitos a curto e longo prazo de uma política econômica. Foto: Sergio Moraes/Reuters ▲
16 | 52 O alemão Robert Aumann, entã com 75 anos, e o norte-americano Thomas Schelling, de 84, ganharam o Nobel por estudos sobre conflito e cooperação por meio da análise da teoria dos jogos. Foto: D. Porges e T. Zadig/Nobelprize.org ▲
17 | 52 O norueguês Finn Kydland, de 60 anos, e o norte-americano Edward Prescott, de 63, foram premiados por sua contribuições para a macroeconomia: a inconsistência temporal das políticas econômicas e as forças por trás dos ciclos de negócios. Foto: Nobelprize.org ▲
18 | 52 Robert Engle III, de 61 anos (EUA), e Clive Ganger, de 69 (Reino Unido), foram escolhidos pela academia pela criação de métodos estatísticos para analisar tendências de curto e longo prazo. Foto: Nobelprize.org ▲
19 | 52 Daniel Kahneman, de 68 anos, de Israel, e Vernon Smith, de 75 anos, dos EUA, venceram pela análise econômica integrada à psicologia, em especial o comportamento humano e a tomada de decisões em situações de incerteza. Foto: Nobelprize.org ▲
20 | 52 Os norte-americanos George Akerlof, de 61 anos, A. Michael Spence, de 58, e Joseph Stiglitz, de 58, ganharam o Nobel por mostrarem que informações assimétricas podem ser chave para entender fenômenos de mercado. Foto: Nobelprize.org ▲
21 | 52 James Heckman, de 56 anos, e Daniel McFadden, de 63, ambos dos Estados Unidos, ganharam pelo método de análise dos problemas de informação incompleta ou assimétrica. Foto: Nobelprize.org ▲
22 | 52 O canadense Robert Mundell, então com 67 anos, foi premiado por sua análise de política fiscal e monetária sob diferentes regimes de taxas de câmbio. Foto: Bobby Yip/Reuters ▲
23 | 52 Amartya Sen, de 65 anos, da Índia, ganhou por suas pesquisas sobre os problemas fundamentais da economia do bem-estar. Foto: Bruno Alencastro/Agência RBS ▲
24 | 52 Robert Merton, de 48 anos, dos EUA, e Myron Scholes, de 56, dos Canadá, foi premiado por criar um novo método de determinar o valor de derivativos. Foto: Nobelprize.org ▲
25 | 52 O escocês James Mirrlees, de 59 anos, e o canadense William Vickrey, de 82 anos, ganharam pelo método de análise dos problemas de informação incompleta ou assimétrica. Foto: Nobelprize.org ▲
26 | 52 O norte-americano Robert Lucas Jr, então com 58 anos, foi premiado por desenvolver a hipótese de expectativas racionais e transformar a análise macroeconômica. Foto: Reprodução ▲
27 | 52 John Harsanyi, de 74 anos, da Hungria, John Nash Jr., de 66, dos EUA, e Reinhard Selten, de 64, da Polônia, foram escolhidos pela academia pela criação da teoria dos Jogos, também conhecida como Equilíbrio de Nash, que analisa a solução para os jogos estratégicos não cooperativos. Foto: Nobelprize.org ▲
28 | 52 Os norte-americanos Robert Fogel, de 66 anos, e Douglass North, de 73, ganharam por renovar a pesquisa em história econômica aplicando teoria econômica e métodos quantitativos. Foto: Nobelprize.org ▲
29 | 52 O norte americano Gary Becker, de 62 anos, foi premiado por ter expandindo o domínio da teoria microeconômica para uma ampla gama do comportamento e da interação humana, inculindo o comportamento não mercado. Foto: David McNew/Reuters ▲
30 | 52 Ronald Coase, então com 81 anos, do Reino Unido, recebeu o Nobel por esclarecer a significância dos custos de transação e direitos de propriedades para a estrutura institucional e o funcionamento da economia. Foto: University of Chicago ▲
31 | 52 Os norte-americanos Harry Markowitz, de 63 anos, Merton Miller, de 67, e William Sharpe, de 56, receberam o prêmio pela contribuição pioneira para a teoria da economia financeira. Foto: Nobelprize.org ▲
32 | 52 O norueguês Trygve Haavelmo, então com 78 anos, ganhou o Nobel por sua contribuição pioneira para a fundação da econometria. Foto: Reprodução ▲
33 | 52 O francês Maurice Allais, de 77 anos, foi premiado por sua contribuição pioneira para a teoria dos mercados e a utilização eficiente dos recursos. Foto: Foundation Maurice Allais ▲
34 | 52 Dos Estados Unidos, Robert Solow, de 63 anos, foi premiado por suas contribuições para a teoria do crescimento econômico. Foto: Divulgação ▲
35 | 52 O norte-americano James Buchanan Jr., então com 67 anos, foi escolhido por sua contribuição para a teoria da tomada de decisão política e da economia pública. Foto: Atlas Network/Divulgação ▲
36 | 52 O italiano Franco Modigliani, na época com 67 anos, recebeu o Nobel por suas análises pioneiras sobre poupança e mercados financeiros. Foto: Divulgação ▲
37 | 52 Do Reino Unido, Richard Stone, de 71 anos, ganhou o prêmio por ter feito contribuições para o desenvolvimento de sistemas de contas nacionais e, assim, ter melhorado a análise econômica empírica. Foto: ESRC/Flicker ▲
38 | 52 O francês Gerard Debreu, então com 62 anos, foi premiado por incorporar novos métodos analíticos à teoria econômica. Foto: Reprodução ▲
39 | 52 O norte-americano George Stigler, de 71 anos, recebeu o prêmio por sua contribuição fundamental para o estudos dos processos dos mercados e para a análise das estruturas das indústrias. Foto: Reprodução ▲
40 | 52 O norte-americano James Tobin, na época com 63 anos, recebeu o Nobel por sua análise dos mercados financeiros e suas relações com decisões de gastos, emprego, produção e preços. Foto: Reprodução ▲
41 | 52 O norte-americano Lawrence Klein recebeu o Nobel aos 60 anos, por sua análise das políticas macroeconômicas por meio de um modelo econométrico; também fez importantes contribuições para as técnicas de previsão. Foto: B. Thumma/AP ▲
42 | 52 Theodore Schultz, de 77 anos, dos EUA, e Sir Arthur Lewis, de 64, de Santa Lúcia, foram premiados pelo desenvolvimento de dois modelos econômicos que apontam as causas da pobreza entre a população de países em desenvolvimento. Foto: Nobelprize.org ▲
43 | 52 O norte-americano Herbert Simon, de 62 anos, foi premiado por sua pesquisa pioneira do processo de tomada de decisões dentro das organizações econômicas. Foto: Reprodução ▲
44 | 52 Bertil Ohlin, de 78 anos, da Suécia, e James Meade, de 70, dos Reino Unido, ganharam o prêmio pela contribuição para a teoria do comércio internacional e os fluxos internacionais de capital. Foto: Reprodução ▲
45 | 52 O norte-americano Milton Friedman, então com 64 anos, foi premiado por suas contribuições para a análise do consumo e a história e teoria monetária, incluindo observações sobre a complexidade das políticas de estabilização. Foto: Eddie Adams/AP ▲
46 | 52 Leonid Vitaliyevich Kantorovich, de 63 anos, da Rússia, e Tjalling Koopman, de 65, da Holanda, ganharam o Nobel pela contribuição à teoria de alocações ótimas de recursos. Foto: Nobelprize.org ▲
47 | 52 O sueco Gunnar Myrdal, de 75 anos, e o austríaco Friedrich August von Hayek, de 75, foram premiados pela contribuição à teoria das flutuações da economia e da moeda e pela análise das relações entre os processos econômicos, sociais e políticos. Foto: Nobelprize.org ▲
48 | 52 O russo Wassily Leontief, então com 67 anos, recebeu o Nobel por criar a técnica de 'input-output', método para analisar as complicadas transações entre as indústrias em uma economia. Foto: Reprodução ▲
49 | 52 John Hicks, de 68 anos, do Reino Unido, e Kenneth Arrow, de 51, dos EUA, ganharam o prêmio por sua contribuição pioneira para a teoria do equilíbrio econômico e para a teoria do bem-estar. Foto: Nobelprize.org ▲
50 | 52 O russo Simon Kuznets, de 70 anos, foi premiado por uma extensiva pesquisa sobre crescimento econômico das nações. Foto: AFP ▲
51 | 52 O norte-americano Paul Samuelson, na época com 55 anos, recebeu o Nobel por ter contribuído para a melhora do nível das análises da ciência econômica. Foto: Donna Coveney/MIT ▲
52 | 52 O norueguês Ragnar Frisch, de 74 anos, e o holandês Jan Tinbergen, de 66 anos, ganharam o Nobel pelo desenvolvimento e aplicação de modelos dinâmicos para análise dos processos econômicos. Foto: Nobelprize.org ▲
Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”
Prêmio de economia é entregue para dois americanos, Willam D. Nordhaus e Paul M. Romer, que desenvolveram estudos sobre o tema
Beatriz Bulla, correspondente - O Estado de S.Paulo
WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.
William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.
Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS
Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.
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No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.
Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.
O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.
Carbono
Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”
Conheça todos os vencedores do Prêmio Nobel de Economia
1 | 52 Prêmio Nobel de Economia de 2020 foi atribuído aos norte-americanos Paul Milgrom (direita), de 72 anos, e Robert Wilson, 83 Foto: EFE/EPA/ANDREW BRODHEAD ▲
2 | 52 Michael Kremer, Esther Duflo e Abhijit Banerjee são os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019. Eles foram premiados pela abordagem experimental em aliviar a pobreza no mundo. Foto: Christine Olsson/TT News Agency via REUTERS ▲
3 | 52 Os americanos William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganharam o Prêmio Nobel de Economia por abordarem métodos para favorecer o crescimento sustentável. Em seus estudos, eles integraram mudança climática e inovação tecnológica com o crescimento econômico. Foto: Reuters ▲
4 | 52 O americano Richard H. Thaler, de 72 anos, recebeu o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas a respeito da economia comportamental. Em suas pesquisas, Thaler mostrou como algumas características humanas, como a racionalidade limitada, suas preferências sociais e até mesmo a falta de autocontrole impactam suas finanças pessoais e, por consequência, orientam um determinado comportamento do mercado. Foto: Carsten Rehder/EFE ▲
5 | 52 O britânico Oliver Hart e o finlandês Bengt Holmstrom foram os premiados com o Nobel de Ciências Econômicas de 2016, pelos estudos sobre a "teoria dos contratos". Foto: EFE ▲
6 | 52 O escocês Angus Deaton foi premiado por seus estudos que relacionam consumo, pobreza e bem-estar. Foto: Divulgação ▲
7 | 52 O francês Jean Tirole, então com 61 anos, foi escolhido pela academia por seu estudo sobre o poder de mercado das empresas. Foto: Fred Lancelot/Reuters ▲
8 | 52 Os norte-americanos Robert Shiller, de 67 anos, Lars Peter Hansen, de 61, e Eugene Fama, de 74, foram premiados pela análise empírica do preço dos ativos. Foto: A. Mahmoud/Nobelprize.org ▲
9 | 52 Alvin Roth, de 60 anos, e Lloyd Shapley, de 89 anos, ambos dos Estados Unidos, ficaram com o prêmio por pesquisas sobre como relacionar os agentes de determinados mercados. Foto: U.Montan/Nobelprize.org ▲
10 | 52 Os norte-americanos Thomas Sargent, de 68 anos, e Christopher Sims, de 69 anos, receberam o prêmio pela pesquisa empírica sobre causa e efeito na macroeconomia. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
11 | 52 Peter A. Diamond, de 70 anos (EUA), Dale T. Mortensen, de 71 (EUA), e Christopher A. Pissarides, de 62 (Inglaterra/Chipre), receberam o Nobel por estudo das relações entre a política econômica e o desemprego. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
12 | 52 Os norte-americanos Elinor Ostrom, de 76 anos, e Oliver Williamson, de 77, ganharam pela análise da governança econômica. Foto: U. Montan/Nobelprize.org ▲
13 | 52 O norte -americano Paul Krugman, então com 50 anos, foi premiado por sua teoria que integra comércio e geografia econômica. Foto: Bobby Yip/Reuters ▲
14 | 52 O russo Leonid Hurwicz, de 90 anos, e os norte-americanos Eric Maskin, de 57, e Roger Myerson, de 56, ganharam por pavimentar as fundações da teoria do desenho de mecanismos. Foto: E. Ayoubzadeh e U. Montan/Nobelprize.org ▲
15 | 52 Edmund Phelps, de 73 anos, dos Estados Unidos, ficou com o Nobel por seu trabalho sobre as relações dos efeitos a curto e longo prazo de uma política econômica. Foto: Sergio Moraes/Reuters ▲
16 | 52 O alemão Robert Aumann, entã com 75 anos, e o norte-americano Thomas Schelling, de 84, ganharam o Nobel por estudos sobre conflito e cooperação por meio da análise da teoria dos jogos. Foto: D. Porges e T. Zadig/Nobelprize.org ▲
17 | 52 O norueguês Finn Kydland, de 60 anos, e o norte-americano Edward Prescott, de 63, foram premiados por sua contribuições para a macroeconomia: a inconsistência temporal das políticas econômicas e as forças por trás dos ciclos de negócios. Foto: Nobelprize.org ▲
18 | 52 Robert Engle III, de 61 anos (EUA), e Clive Ganger, de 69 (Reino Unido), foram escolhidos pela academia pela criação de métodos estatísticos para analisar tendências de curto e longo prazo. Foto: Nobelprize.org ▲
19 | 52 Daniel Kahneman, de 68 anos, de Israel, e Vernon Smith, de 75 anos, dos EUA, venceram pela análise econômica integrada à psicologia, em especial o comportamento humano e a tomada de decisões em situações de incerteza. Foto: Nobelprize.org ▲
20 | 52 Os norte-americanos George Akerlof, de 61 anos, A. Michael Spence, de 58, e Joseph Stiglitz, de 58, ganharam o Nobel por mostrarem que informações assimétricas podem ser chave para entender fenômenos de mercado. Foto: Nobelprize.org ▲
21 | 52 James Heckman, de 56 anos, e Daniel McFadden, de 63, ambos dos Estados Unidos, ganharam pelo método de análise dos problemas de informação incompleta ou assimétrica. Foto: Nobelprize.org ▲
22 | 52 O canadense Robert Mundell, então com 67 anos, foi premiado por sua análise de política fiscal e monetária sob diferentes regimes de taxas de câmbio. Foto: Bobby Yip/Reuters ▲
23 | 52 Amartya Sen, de 65 anos, da Índia, ganhou por suas pesquisas sobre os problemas fundamentais da economia do bem-estar. Foto: Bruno Alencastro/Agência RBS ▲
24 | 52 Robert Merton, de 48 anos, dos EUA, e Myron Scholes, de 56, dos Canadá, foi premiado por criar um novo método de determinar o valor de derivativos. Foto: Nobelprize.org ▲
25 | 52 O escocês James Mirrlees, de 59 anos, e o canadense William Vickrey, de 82 anos, ganharam pelo método de análise dos problemas de informação incompleta ou assimétrica. Foto: Nobelprize.org ▲
26 | 52 O norte-americano Robert Lucas Jr, então com 58 anos, foi premiado por desenvolver a hipótese de expectativas racionais e transformar a análise macroeconômica. Foto: Reprodução ▲
27 | 52 John Harsanyi, de 74 anos, da Hungria, John Nash Jr., de 66, dos EUA, e Reinhard Selten, de 64, da Polônia, foram escolhidos pela academia pela criação da teoria dos Jogos, também conhecida como Equilíbrio de Nash, que analisa a solução para os jogos estratégicos não cooperativos. Foto: Nobelprize.org ▲
28 | 52 Os norte-americanos Robert Fogel, de 66 anos, e Douglass North, de 73, ganharam por renovar a pesquisa em história econômica aplicando teoria econômica e métodos quantitativos. Foto: Nobelprize.org ▲
29 | 52 O norte americano Gary Becker, de 62 anos, foi premiado por ter expandindo o domínio da teoria microeconômica para uma ampla gama do comportamento e da interação humana, inculindo o comportamento não mercado. Foto: David McNew/Reuters ▲
30 | 52 Ronald Coase, então com 81 anos, do Reino Unido, recebeu o Nobel por esclarecer a significância dos custos de transação e direitos de propriedades para a estrutura institucional e o funcionamento da economia. Foto: University of Chicago ▲
31 | 52 Os norte-americanos Harry Markowitz, de 63 anos, Merton Miller, de 67, e William Sharpe, de 56, receberam o prêmio pela contribuição pioneira para a teoria da economia financeira. Foto: Nobelprize.org ▲
32 | 52 O norueguês Trygve Haavelmo, então com 78 anos, ganhou o Nobel por sua contribuição pioneira para a fundação da econometria. Foto: Reprodução ▲
33 | 52 O francês Maurice Allais, de 77 anos, foi premiado por sua contribuição pioneira para a teoria dos mercados e a utilização eficiente dos recursos. Foto: Foundation Maurice Allais ▲
34 | 52 Dos Estados Unidos, Robert Solow, de 63 anos, foi premiado por suas contribuições para a teoria do crescimento econômico. Foto: Divulgação ▲
35 | 52 O norte-americano James Buchanan Jr., então com 67 anos, foi escolhido por sua contribuição para a teoria da tomada de decisão política e da economia pública. Foto: Atlas Network/Divulgação ▲
36 | 52 O italiano Franco Modigliani, na época com 67 anos, recebeu o Nobel por suas análises pioneiras sobre poupança e mercados financeiros. Foto: Divulgação ▲
37 | 52 Do Reino Unido, Richard Stone, de 71 anos, ganhou o prêmio por ter feito contribuições para o desenvolvimento de sistemas de contas nacionais e, assim, ter melhorado a análise econômica empírica. Foto: ESRC/Flicker ▲
38 | 52 O francês Gerard Debreu, então com 62 anos, foi premiado por incorporar novos métodos analíticos à teoria econômica. Foto: Reprodução ▲
39 | 52 O norte-americano George Stigler, de 71 anos, recebeu o prêmio por sua contribuição fundamental para o estudos dos processos dos mercados e para a análise das estruturas das indústrias. Foto: Reprodução ▲
40 | 52 O norte-americano James Tobin, na época com 63 anos, recebeu o Nobel por sua análise dos mercados financeiros e suas relações com decisões de gastos, emprego, produção e preços. Foto: Reprodução ▲
41 | 52 O norte-americano Lawrence Klein recebeu o Nobel aos 60 anos, por sua análise das políticas macroeconômicas por meio de um modelo econométrico; também fez importantes contribuições para as técnicas de previsão. Foto: B. Thumma/AP ▲
42 | 52 Theodore Schultz, de 77 anos, dos EUA, e Sir Arthur Lewis, de 64, de Santa Lúcia, foram premiados pelo desenvolvimento de dois modelos econômicos que apontam as causas da pobreza entre a população de países em desenvolvimento. Foto: Nobelprize.org ▲
43 | 52 O norte-americano Herbert Simon, de 62 anos, foi premiado por sua pesquisa pioneira do processo de tomada de decisões dentro das organizações econômicas. Foto: Reprodução ▲
44 | 52 Bertil Ohlin, de 78 anos, da Suécia, e James Meade, de 70, dos Reino Unido, ganharam o prêmio pela contribuição para a teoria do comércio internacional e os fluxos internacionais de capital. Foto: Reprodução ▲
45 | 52 O norte-americano Milton Friedman, então com 64 anos, foi premiado por suas contribuições para a análise do consumo e a história e teoria monetária, incluindo observações sobre a complexidade das políticas de estabilização. Foto: Eddie Adams/AP ▲
46 | 52 Leonid Vitaliyevich Kantorovich, de 63 anos, da Rússia, e Tjalling Koopman, de 65, da Holanda, ganharam o Nobel pela contribuição à teoria de alocações ótimas de recursos. Foto: Nobelprize.org ▲
47 | 52 O sueco Gunnar Myrdal, de 75 anos, e o austríaco Friedrich August von Hayek, de 75, foram premiados pela contribuição à teoria das flutuações da economia e da moeda e pela análise das relações entre os processos econômicos, sociais e políticos. Foto: Nobelprize.org ▲
48 | 52 O russo Wassily Leontief, então com 67 anos, recebeu o Nobel por criar a técnica de 'input-output', método para analisar as complicadas transações entre as indústrias em uma economia. Foto: Reprodução ▲
49 | 52 John Hicks, de 68 anos, do Reino Unido, e Kenneth Arrow, de 51, dos EUA, ganharam o prêmio por sua contribuição pioneira para a teoria do equilíbrio econômico e para a teoria do bem-estar. Foto: Nobelprize.org ▲
50 | 52 O russo Simon Kuznets, de 70 anos, foi premiado por uma extensiva pesquisa sobre crescimento econômico das nações. Foto: AFP ▲
51 | 52 O norte-americano Paul Samuelson, na época com 55 anos, recebeu o Nobel por ter contribuído para a melhora do nível das análises da ciência econômica. Foto: Donna Coveney/MIT ▲
52 | 52 O norueguês Ragnar Frisch, de 74 anos, e o holandês Jan Tinbergen, de 66 anos, ganharam o Nobel pelo desenvolvimento e aplicação de modelos dinâmicos para análise dos processos econômicos. Foto: Nobelprize.org ▲
Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”
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