17 de setembro de 2013 | 11h41
Volpon informou que a mudança na previsão ocorreu após viagem realizada na semana passada ao Brasil, quando esteve em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília, reunindo-se com investidores e autoridades do governo. De acordo com ele, três motivos básicos explicariam essa mudança de previsão para a Selic no curto prazo. Um deles se refere à tendência de depreciação do câmbio, que traria impactos ao IPCA.
"Além disso, os preços administrados estão muito distantes do patamar dos preços livres e é relevante que fiquem mais próximos", acrescenta. Dentro do IPCA de agosto, os preços administrados alcançaram alta de 1,27% no acumulado em 12 meses, enquanto os preços livres registraram avanço de 7,65% no mesmo período. Um elemento que poderia colaborar para essa aproximação seria um eventual aumento nos preços da gasolina.
"Outro fator importante para essa mudança de previsão para os juros é que o PIB está apresentando um desempenho melhor do que o esperado, o que tende a também causar pressões na inflação", diz Volpon. Até recentemente, o executivo da Nomura esperava que o País cresceria 1,8% em 2013, mas agora estima que a expansão será de 2,4%.
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