
25 de maio de 2018 | 13h26
Atualizado 25 de maio de 2018 | 18h21
SÃO PAULO - A normalização do abastecimento dos supermercados ainda poderia levar de 5 a 10 dias mesmo no caso de haver o desbloqueio de estradas, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A entidade informou em nota que ainda não estimou as perdas e prejuízos com a paralisação de caminhoneiros.
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"A expectativa da entidade é de que a situação melhore nas próximas horas, para que possamos normalizar o abastecimento da população", disse a Abras em nota.
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Segundo a Abras, a maioria dos supermercados trabalha com estoque médio de produtos não perecíveis. A falta no abastecimento dos supermercados está mais concentrada nos perecíveis.
Apesar do acordo proposto pelo Governo Federal para o fim da greve dos caminhoneiros, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) ainda observa incertezas quanto à adesão de todas as categorias e não acredita na retomada da normalidade dos serviços ainda nesta sexta-feira, 25.
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Segundo a entidade, os problemas decorrentes da greve vão muito além da situação de falta de produtos nos supermercados, que têm feito a sua parte com alternativas para minimizar os transtornos aos consumidores. "Como o uso de veículos pequenos para retirar produtos em centros de distribuição e remanejamento de estoque entre lojas das redes", destacou a nota.
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O setor acrescenta que se solidariza com a população que enfrenta falta de combustível, o que afeta a ida ao trabalho, escola e hospitais. Além de serviços essenciais de segurança e do Corpo de Bombeiros que também foram afetados.
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"A Apas compreende os esforços das autoridades em propor o acordo da última quinta-feira. Também compreende o direito de manifestação do setor de transporte de cargas ao não aceitar o acordo em sua totalidade. Porém, o setor supermercadista entende que é chegado o momento em que bom senso e decisões mais eficazes precisam ser tomadas tanto pelo Governo quanto pela categoria para que o País possa, de vez, imergir em uma situação de normalidade", reforçou o posicionamento.
Os produtos perecíveis como frutas, legumes e verduras e itens, que dependem de abastecimento diário, como carnes, leite e derivados, panificação congelada e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação, são os que estão mais em falta nas gôndolas. "Todas essas mercadorias formam os grupos de produtos que representam 36% do faturamento dos supermercados", acrescentou a nota.
Com produtos perecíveis começando a faltar em virtude da corrida de consumidores aos supermercados, e temendo o desabastecimento, em Salvador, algumas das principais redes supermercadistas estão limitando a aquisição de produtos. Na rede Walmart é possível a compra de até cinco unidades por produto. Já a rede GBarbosa informou que está limitando a compra a até 10 unidades por cliente. Segundo as empresas, a medida visa assegurar o atendimento a todos que procurarem os supermercados.
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