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Nossa Caixa reduz juro para bens de capital e autopeças

Por Anne Warth
Atualização:

Depois das críticas do setor de bens de capital e de autopeças a respeito do alto custo das linhas de financiamento lançadas em dezembro, o governo de São Paulo anunciou a redução dos juros cobrados nos empréstimos da Nossa Caixa aos dois setores industriais. Em dezembro, a Nossa Caixa lançou uma linha de R$ 1 bilhão para os associados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), mas apenas R$ 12,4 milhões foram efetivamente emprestados, ou 1,24% do total. Dos R$ 200 milhões para os participantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), somente R$ 5,84 milhões tinham sido liberados, ou 2,92% do total. Para o Sindipeças, o crédito estava difícil e caro. Segundo a Abimaq, os juros médios na casa dos 3% ao mês chegavam a 42% ao ano. A partir de agora, as operações que utilizarem como garantia a antecipação de recebíveis terão juros que variam entre 1,6% e 2% ao mês. Já as operações com garantia de recebíveis e direitos creditórios terão taxa que varia entre 1,45% e 2,35% ao mês. A linha de financiamento para automóveis da Nossa Caixa, de R$ 4 bilhões, terá seus recursos repassados a outros bancos e utilizados preferencialmente para veículos usados. Os juros serão de 13,8% ao ano. Haverá também a possibilidade de a Nossa Caixa adquirir recebíveis desses financiamentos para liberar mais recursos a novos financiamentos de veículos pelos bancos. A Nossa Caixa vai abrir também uma linha de crédito para o pagamento da segunda parcela do ICMS de dezembro, que foi diferida para fevereiro pelo governo para auxiliar as empresas no fim do ano passado. A primeira foi paga em janeiro. A linha terá prazo de 15 meses, com 3 de carência e 12 de pagamento e juros de 1,28% ao mês. O público-alvo são as empresas varejistas do Estado. Essas devem ser algumas das últimas medidas do governo à frente da Nossa Caixa. Em março, a instituição será incorporada pelo Banco do Brasil, que em novembro pagou cerca de R$ 5 bilhões pela aquisição do banco paulista.

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