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'Nosso ajuste será por investimento', diz Dilma

Presidente comparou momento econômico do Brasil com o vivido pela China e afirmou que no país asiático as mudanças se darão de forma diferente

Foto do author Vera Rosa
Por Carla Araujo , Isadora Peron , Tania Monteiro e Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que a situação da economia chinesa preocupa e tem consequências no restante do mundo, mas destacou que as mudanças nas políticas macroeconômicas dos dois países se dará de forma distinta. "O ajuste da China é diferente do nosso. O nosso é por meio de mais investimento, o da China, por mais consumo", afirmou, durante café da manhã com jornalistas.  O governo está muito preocupado com os problemas enfrentados na economia chinesa, que vêm afetando os mercados em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos e no Brasil. Dilma considera "uma vantagem" o fato de o País ter US$ 370 bilhões de reservas porque este é um "colchão" protetor contra maiores turbulências internacionais, mas descarta o uso desses recursos para ajudar na retomada do crescimento, proposta que está sendo estudada pelo governo.

Dilma comparou o Brasil à China Foto: Dida Sampaio/Estadão

Nesta quinta-feira, durante encontro com a imprensa, Dilma negou que esteja estudando o uso das reservas, como defendem alguns membros do PT e do governo. "Sequer discutimos isso", declarou.  A China é um grande comprador de commodities do Brasil e a economia americana está fortemente atrelada à chinesa, e um problema que afete estes dois mercados atingirá em cheio o Brasil. Daí a preocupação do governo, que já estava lidando com perspectivas sombrias para o primeiro e o segundo trimestres deste ano no País. Nesta quinta, a bolsa da China despencou 7,3% e fechou mais cedo pela segunda vez na semana.  Dilma destacou que o Brasil vai continuar trabalhando para estreitar as relações comerciais com o país asiático.

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