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‘Nossos recursos estão chegando na ponta para as empresas’, diz presidente do BDMG

Sérgio Gusmão Suchodolski diz que Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais desembolsou mais de R$ 1 bilhão em 2019

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:

Com desembolsos superiores a R$ 1 bilhão, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tem atuado como um agente financeiro importante em meio à pandemia no Estado de Minas. “Esses recursos estão chegando na ponta tanto para pequenas quanto para médias e grandes empresas”, diz Sérgio Gusmão Suchodolski, presidente do banco de fomento. 

 O executivo, ex-diretor do banco de desenvolvimento do Brics, tomou posse em abril do ano passado e promoveu uma reestruturação de gestão e estratégica na instituição financeira. “Nos preparamos para ser um banco de desenvolvimento do século 21”, afirma.

“Recursos estão chegando na ponta tanto para pequenas quanto para médias e grandes empresas”, diz Sérgio Gusmão Suchodolski Foto: Marcus Desimoni

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

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Qual o papel do BDMG na pandemia?

Antes da pandemia, vínhamos numa guinada de transformação da gestão de estratégica alinhada com agendas globais. Temos muitas linhas de créditos internacionais (o banco captou € 100 milhões do Banco Europeu de Investimento, por exemplo), que nos permitiu estar preparados para essa turbulência.

Há muitas críticas de que o crédito não chega na ponta.

Em 2019, liberamos cerca de R$ 180 milhões para micro e pequenas empresas. Nos cinco meses do ano, liberamos mais de R$ 155 milhões. A nossa expectativa este ano é que ultrapasse a marca de R$ 360 milhões (o banco aderiu à operação Pronampe, do governo federal). Em desembolso geral, ultrapassamos R$ 1 bilhão. No ano passado inteiro, foi um total de R$ 1,308 bilhão.

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Quais os setores mais beneficiados?

Temos uma carteira bastante pulverizada. As micro e pequenas empresas aqui empregam mais de 60% da mão de obra do Estado. Também temos forte vocação agrícola. Neste ano, por exemplo, nos tornamos o terceiro maior gestor do Funcafé para a safra 2020/21. Tivemos uma alocação inicial de R$ 392 milhões, um valor recorde para nós. 

Minas também têm uma vocação forte para o turismo. Como ficou este setor?

Atuamos com o Fundo Geral de Turismo, do ministério de Turismo, e mantivemos uma série de conversas com bancos e agências de fomentos. O fundo cresceu muito e hoje tem alocação de perto de R$ 5 bilhões. 

Como o BDMG incentiva a mineração após as tragédias ambientais?

Somos parceiros da fundação Renova, criada pela Samarco, para os 35 municípios do Vale do Rio Doce. Atuamos em reestruturação de projetos e como provedores de crédito para atrair empreendedores à região.

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