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Nova fase do 'Minha Casa' terá até 3 milhões de unidades

Programa previsto para o período de 2011 a 2014 vai beneficiar as famílias com renda de até três salários mínimos

Por Fabio Graner
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL / FORTALEZA A fase dois do programa Minha Casa, Minha Vida deverá prever a construção de dois a três milhões de novas residências no País, informou ontem o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão. Segundo ele, que participa das discussões sobre o tema com o governo, os estudos consideram uma duração de quatro anos para a nova etapa, de 2011 a 2014. O Minha Casa, Minha Vida 2 deve ser mais ambicioso, beneficiando de forma mais ampla as famílias com renda até três salários mínimos. Segundo Safady, pelo menos 50% das unidades serão destinadas a essa faixa de renda. Porém, o volume pode chegar a 75%. No Minha Casa 1, o governo definiu que 40% de 1 milhão de unidades previstas vão para o grupo até três salários. Até agora, segundo ele, foram contratadas 750 mil unidades. A contratação é a fase que antecede a construção do empreendimento. O subsídio do Tesouro será tanto maior quanto for a meta do programa. Safady comentou que, se o alvo for a construção de dois milhões de casas, o subsídio total do Tesouro em quatro anos ? incluindo não só o grupo até três salários mínimos, mas também de três a seis ? será de R$ 48 bilhões. Se a meta for de três milhões de unidades, o subsídio para os anos de 2011 a 2014 será de R$ 72 bilhões, nos cálculos dele.Safady disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "entusiasmado" e quer uma meta ambiciosa para o Minha Casa 2. Mas no governo ainda há divisão sobre se é mais adequado trabalhar com um número maior ou menor como alvo, não só pela questão do subsídio, mas também por causa da viabilidade prática, dados os gargalos que existem no País, como mão de obra, material para construção e falta de terrenos. "Eu mesmo sou a favor de dois milhões de unidades, porque há muita preocupação com essas questões. Se o programa estiver indo bem, essa meta pode ser revista", disse Safady, que participa da 2.ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, promovida pelo Banco Central.

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