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Nova queda faz Bovespa ampliar perda no ano para 15%

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A disseminação da análise de que o mundo está num processo de desaceleração patrocinou mais uma enxurrada de ordens de venda contra ações de empresas domésticas ligadas a matérias-primas, levando a Bolsa de Valores de São Paulo a nova queda. O Ibovespa, que chegou a testar o menor nível do ano, recuperou-se parcialmente no fim, mas não o suficiente para evitar uma queda de 1,62 por cento, que o conduziu aos 54.244 pontos. O giro financeiro somou 4,58 bilhões de reais, turbinado pelos 903 milhões de reais da oferta pública de recompra das ações da Telemig Celular pela Vivo . Individualmente, as blue chips Petrobras e Vale foram as que mais pesaram no índice. A preferencial da petroleira caiu 2,3 por cento, a 32,67 reais, na cola do barril de petróleo, que caiu mais de 1 por cento, para a casa dos 113 dólares. A preferencial da Vale, por sua vez, também não conseguiu resistir ao péssimo desempenho internacional das mineradoras e perdeu 2,2 por cento, a 35,70 reais. "Dados de economias desenvolvidas reforçaram a análise de que o mundo está desacelerando, o que provocou nova forte queda das commodities", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW. O mesmo cenário pesou sobre os papéis das fabricantes de aço. Assim, nem mesmo os convincentes resultados trimestrais da Companhia Siderúrgica Nacional livraram-na de ter um dos piores desempenhos do índice, caindo 3,76 por cento, a 52,15 reais. Destoando da tendência negativa, Banco do Brasil estrelou avançando 2,25 por cento, para 22,29 reais, um dia depois de a maior instituição financeira do país ter reportado lucro líquido 54 por cento maior no segundo trimestre. Ultrapar, a melhor do índice, subiu 4,1 por cento, para 59,40 reais, no segundo dia de fortes ganhos após o anúncio da compra dos negócios de distribuição da Texaco no Brasil por 1,16 bilhão de reais.

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