PUBLICIDADE

Nova redução da TR pode ser a alternativa do governo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em meio ao ambiente político hostil à mudança nas regras das cadernetas de poupança, o governo analisa várias alternativas, mas não está descartada, sequer, a possibilidade de não alterar as regras de rendimentos da poupança ou de uma solução mais simples e já praticada no governo Lula: a redução da taxa referencial (TR), por meio de uma nova alteração na fórmula de cálculo. Se confirmada essa tendência, o governo evita o debate formal da questão no Congresso, porque a mudança na regra de cálculo pode ser feita por ato do Banco Central. Já a eliminação do ganho real de 6% ao ano depende de aprovação de deputados e senadores. Essa "solução paliativa" poderia ser adotada para ganhar tempo e fugir do debate político-eleitoral. Enquanto isso, o governo constrói a mensagem para convencer a sociedade de que as perdas não serão grandes. Alguns parâmetros são conhecidos. O primeiro é que 95% dos depósitos são de até R$ 20 mil ou, se quiser reduzir a margem de comparação, 93% dos depósitos são de até R$ 5 mil. No entanto, o constrangimento existe e o governo começa a assistir ao que alguns técnicos apontam como os primeiros sinais de revoada da poupança. E esse movimento preocupa. Porém, como esse debate envolve muitas posições, há quem pondere que o resultado negativo ocorreu em meses em que a discussão para alterar os rendimentos não estava colocada, pelo menos em público. "As pessoas estão sacando por causa da recessão e do desemprego", diz um assessor. A discussão é complexa porque o que está em jogo é a camisa de força do limite do rendimento da poupança para uma queda mais rápida da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central. Se o juro básico corrigir aplicações financeiras em porcentual inferior ao da poupança, o mais provável é que os investidores migrem para as cadernetas. Nesse sentido, a equipe econômica vive o pior dos mundos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.