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Nova versão de plano da Oi é aprovada por conselho

Termos do plano de recuperação da operadora mostraram evolução das propostas, mas ainda podem ser insuficientes, dizem fontes

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

Os novos termos do plano de recuperação judicial aprovados ontem pelo conselho de administração da Oi mostraram uma evolução das propostas, mas podem ser insuficientes para destravar o andamento do processo, segundo fontes a par do assunto.

Um dos problemas seriam as condições impostas para a injeção de recursos na companhia, de acordo com essas fontes. O novo plano prevê aportes de até R$ 8 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões pelos acionistas (Sociéeté Mondiale, de Nelson Tanure; e da Pharol, ex-Portugal Telecom), e até R$ 5,5 bilhões pelos credores (a proposta anterior previa que os credores colocariam R$ 3,5 bilhões).

Condições impostas para injeção de recursos na Oi é um dos problemas Foto: Felipe Rau/Estadão

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No entanto, o desembolso só ocorrerá com a aprovação do plano de recuperação nos tribunais de segunda instância no Brasil e nas jurisdições do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Além disso, há dúvidas se os credores terão apetite suficiente para aumentar suas apostas na Oi, colocando mais R$ 5,5 bilhões no negócio. E uma das exigências do governo federal é que a tele saia do processo com dinheiro suficiente em caixa para aumentar seus investimentos em telefonia e banda larga, chegando ao mesmo nível de concorrentes.

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A nova versão do plano prevê que o pagamento de comissão a credores que aportarem recursos novos na tele receberão no momento da capitalização da empresa e não mais antecipadamente como o anterior, que também foi alvo de críticas.

Segundo a companhia, o porcentual a ser pago aos credores que aportarem recursos na empresa será de 14% do valor da capitalização em dinheiro novo no primeiro ano “e cumulativamente de 8% no segundo ano”. O pagamento poderá ser feito em dinheiro ou ações, e não mais apenas em dinheiro.

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