25 de fevereiro de 2015 | 14h23
Grandes empresas do agronegócio começam a ficar preocupadas com a extensão dos estragos causados pelos protestos dos caminhoneiros nas rodovias. Os atrasos no transporte já afetam grandes empresas, como a fábrica da Fiat e frigoríficos JBS, que chegaram a parar a produção por falta de matérias primas.
O temor é de que o movimento continue prejudicando a atividade não só das indústrias como também de toda a cadeia agrícola, principal âncora da economia brasileira. Os empresários alertam para perdas nas exportações, desemprego no setor industrial e no campo e outras consequências que podem piorar ainda mais a situação da economia brasileira, já ameaçada de recessão.
Para a indústria e o comércio exterior, que já sofriam retração, o movimento agrava ainda mais o cenário, o que deverá se refletir nos indicadores que serão divulgados nos próximos meses
O movimento provoca enorme desestabilização no agronegócio, principal âncora da economia brasileira, com perdas elevadas que vão demandar longo período para recomposição da cadeia produtiva
O impedimento da circulação de caminhões afeta não só as grandes companhias, mas principalmente os pequenos produtores, já que a cadeia toda de produção é afetada
Desperdício da produção de milhares de produtores integrados e familiares, forçados a adotar medidas radicais como o descarte de ovos férteis e insumos, além de outros produtos agrícolas perecíveis
Paralisação das atividades de aproximadamente 50 mil produtores rurais, 5 mil transportadores logísticos que não aderiram aos bloqueios e mais de 100 mil colaboradores diretos e indiretos da cadeia produtiva
Risco de desabastecimento de gêneros de primeira necessidade, como leite, carne e derivados, combustíveis e outros, com grande potencial de impacto na inflação
Desorganização de toda a cadeia agropecuária, desde a compra e transporte de grãos para fabricação de ração animal e insumos até a entrega final de produtos no mercado
Para os exportadores do setor agrícola, existe a ameaça de perda de mercados externos por descumprimento de contratos diante de atrasos nas entregas de mercadorias a tempo de embarque nos portos
Risco de perda do status sanitário no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Goiás, especialmente por causa do abate de animais nas granjas
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