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Novo modelo elétrico entra na reta final de discussão

Por Agencia Estado
Atualização:

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, inicia esta semana a última etapa da discussão sobre o novo modelo do setor elétrico. Após participar de uma rodada de discussões com investidores estrangeiros nos Estados Unidos, a ministra pediu ao líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP),que marque uma reunião com a base governista no Congresso para começar o debate da matéria. O encontro poderá ocorrer na quinta-feira, e a proposta será enviada ao Congresso na primeira semana de dezembro, segundo Mercadante. "A proposta está totalmente concluída, e vamos entrar agora numa fase de discussão para apresentação do projeto ao Congresso", disse o líder. Segundo ele, não será mais necessária nova discussão da proposta com o governo, como foi cogitado na semana passada. O líder não sabe, no entanto, se será enviada uma medida provisória ou um projeto de lei. Na semana passada, fontes ligadas a Dilma disseram que a tendência é o envio de uma MP. A ministra continua recusando-se a falar publicamente sobre o tema, principalmente sobre as mudanças feitas no novo modelo, em relação à proposta original divulgada em julho. Segundo Dilma, só haverá entrevista sobre a matéria depois do envio ao Congresso. No mercado financeiro, no entanto, analistas dizem que já tomaram conhecimento sobre pontos da proposta, e por isso as ações das empresas do setor elétrico tiveram forte valorização na sexta-feira. A valorização teria ocorrido diante da avaliação de que alguns dos pleitos dos investidores teriam sido atendidos. A proposta original foi criticada por investidores e pela equipe econômica por ser muito centralizadora. Muitos analistas entendem que o governo deveria apenas fazer ajustes no atual modelo, que ainda não foi concluído. Abandonar o que existe para criar uma nova proposta poderia trazer riscos que afastariam os investimentos, alertaram. Em setores do governo há a aposta de que, ao final, o modelo terá um desenho mais próximo do atual do que o previsto originalmente. A preocupação é fazer as mudanças sem que a equipe de Dilma se senta derrotada no debate.

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