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Novo plano de negócios da Eletrobrás busca reduzir endividamento

Segundo o presidente da estatal, a baixa eficiência operacional da companhia ocorre porque os custos de geração e transmissão de energia são maiores do que os do setor privado

Por Luciana Collet (Broadcast)
Atualização:

SÃO PAULO - A Eletrobrás divulgou nesta sexta-feira, 11, seu Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) 2017-2021, que tem como metas diminuir o endividamento da companhia, aumentar a eficiência operacional e corporativa e um realinhamento empresarial.

Na linha da redução do endividamento, a companhia tem como estratégia privatizações, sabidamente das distribuidoras de energia do grupo, desmobilização de ativos operacionais e não operacionais.

Eletrobras planeja privatizar distribuidoras de energia do grupo Foto: Wilton Junior|Estadão

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Já no que diz respeito à melhora da eficiência, a estratégia passa pela redução dos custos de Pessoal, Material, Serviços e Outros (PMSO), Plano de Aposentadoria Incentivado (PAI) e a criação de um Centro de Serviço Compartilhado e Automação.

Além disso, a companhia prevê um novo alinhamento empresarial, que pressupõe o aumento da efetividade da governança da holding sobre empresas que compõe o grupo.

Durante a apresentação, feita via teleconferência com analistas e investidores, o presidente Wilson Ferreira Junior destacou que a companhia apresenta baixa eficiência operacional e citou questões como os custos operacionais de geração e transmissão maiores que os de benchmarking e os custos de distribuição maiores que os regulatórios.

Ele lembrou também que todas as distribuidoras do grupo apresentam indicadores de qualidade e Perdas Totais que não atendem requisitos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que possuem dívidas significativas dessas empresas com fornecedores.

Além disso, Ferreira Jr. Também salientou o fato de o preço médio de venda de energia da estatal ser inferior ao de companhias privadas, tanto no mercado livre como no mercado cativo. "O preço médio é de R$ 146 por megawatt-hora, contra R$ 173/MWh das empresas privadas. Aqui temos um potencial de melhora dos nossos números, temos uma oportunidade", disse. A companhia pretende implementar a comercialização de energia integrada como maneira de melhorar sua competitividade.

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