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Novo presidente do BNDES prevê decisão técnica para TJLP

A TJLP determina a base do juro anual cobrado pelo BNDES na concessão de um empréstimo. Atualmente está em 9% ao ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao contrário do ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Guido Mantega, o novo ocupante do cargo, Demian Fiocca, prefere não defender publicamente uma redução da TJLP - taxa de juro de longo prazo. Ao ser indagado sobre o corte esperado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de hoje, disse apenas que espera uma decisão "técnica". A TJLP determina a base do juro anual cobrado pelo BNDES na concessão de um empréstimo. Além da TJLP, que incide igualmente em todos os contratos, são cobrados também juros adicionais (spreads) que variam de zero a cerca de 5% ao ano, dependendo do projeto. Atualmente a TJLP está cotada em 9% ao ano. A reunião do CMN estava marcada para começar ao meio-dia desta sexta-feira, mas está atrasada. O motivo do atraso, segundo a assessoria do Conselho, é que o ministro Mantega ainda está em reuniões no Palácio do Planalto. Exposição técnica Fiocca disse ainda que pretende dar continuidade ao trabalho de Mantega no BNDES e, neste sentido, manterá a estrutura e as prioridades da gestão anterior. O novo presidente do banco de fomento não quis comentar se já escolheu os substitutos para os postos no BNDES que ficaram vagos com as saídas recentes. O novo presidente do BNDES participou há pouco de um seminário que antecede a 47ª Assembléia dos Governador do BID, onde fez uma exposição sobre o papel dos bancos de desenvolvimento na América Latina. De acordo com ele, ao contrário de outros países da região, o Brasil tem um banco com capacidade de financiamento forte, que é capaz de fazer empréstimos para o setor de infra-estrutura. A exposição de Fiocca foi absolutamente técnica, sem qualquer comentário de tom político.

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