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Novo Xbox reforça uso além dos jogos

Microsoft dá ênfase a funções extras do videogame, como streaming de vídeos; segundo empresa, é nelas que usuários gastam mais tempo

Por HAYLEY TSUKAYAMA
Atualização:

A Microsoft lançou mundialmente ontem seu console da oitava geração de videogames, o Xbox One - uma semana depois que o PlayStation 4 (PS4) chegou às prateleiras das lojas dos Estados Unidos e Canadá. O Xbox custa US$ 100 a mais do que o novo console da Sony: US$ 499, provavelmente por causa do Kinect (sensor de movimento) que vem incluído, enquanto o da Sony custa US$ 399. No Brasil, será vendido por R$ 2.299.

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Ainda não se sabe quantas unidades do console foram vendidas nas primeiras 24 horas . O rival PlayStation 4 vendeu 1 milhão de unidades nas primeiras 24 horas, segundo a Sony. Mas a Microsoft tem uma estratégia muito clara para competir.

A estreia do novo Xbox ocorre oito anos depois que a Microsoft lançou seu primeiro Xbox 360, um console que conseguiu chegar ao topo do mercado de videogames graças, principalmente, aos seus recursos - no entanto, jogos exclusivos como o Halo também ajudaram bastante no êxito.

Os usuários do Xbox, no entanto, passam mais tempo ocupando-se com funções que não são relativas aos jogos do que com estes, disse a Microsoft, e esse uso reflete na maneira da empresas criar o design do produto e anunciar o novo console.

Portanto, as partes "extras" do videogame, como acesso a sites de streaming de vídeo, foram apresentadas como o elemento central do Xbox. E agora, mais do que nunca, a companhia deixa claro que este é um produto Microsoft.

Recursos.

O sistema de navegação do console é feito propositalmente no estilo do Windows 8, com recursos como o "Snap", que permite ao usuário utilizar dois aplicativos, um ao lado do outro. A integração com os aplicativos Microsoft, como o SkyDrive e o Skype - que funciona através da câmera do Kinect - está em toda parte.

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Falando do Kinect, a equipe do Xbox construiu especificamente o console em torno do sensor de movimento e de voz, em vez de ele ser periférico. A variedade de opções do controle de voz que a Microsoft mostrou até agora permite atender à maioria das coisas que os usuários irão querer fazer com o console, como ver televisão ao vivo, jogos e - o que é talvez o mais importante - mudar de uma função para a outra.

O Kinect também reconhece a voz do usuário, lê seu rosto e a estrutura do seu esqueleto para acessá-lo no aparelho. Ele pode acessar também contas múltiplas, por isso os vários membros da família podem navegar com o console no conteúdo pessoal de cada um enquanto estão sentados no sofá.

Evidentemente, atrás de todos estes recursos está uma poderosa máquina para jogos projetada para levar os recursos gráficos e processamento da próxima geração para a sala de estar.

Os jogos que a Microsoft está lançando agora variam desde as novas versões das séries consagradas, como Morza Motorsport 5, e jogos originais exclusivos, como Ryse: Son of Rome.

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A potência do Xbox One também permite que os usuários participem e deixem de participar rapidamente os jogos, parando-os automaticamente enquanto abrem outros aplicativos. Os jogadores também podem usar o recurso Snap nos jogos em conjunto com outros aplicativos, de modo que, por exemplo, consigam assistir a um jogo de futebol americano enquanto participam do seu próprio jogo.

Todos estes recursos têm como finalidade atrair um público muito maior do que o dos jogadores tradicionais visados pela Sony. Esta é uma certa desvantagem para o Xbox. Na terça-feira, por exemplo, a companhia disse que a capacidade de exibir streaming de jogos ao vivo - uma característica do PlayStation 4 - só será incluída no Xbox One em 2014.

/ TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

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