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Novos cortes nos EUA sinalizam dificuldades para desempregados

Por MATTHEW BIGG
Atualização:

O crescimento do desemprego nos Estados Unidos está dificultando a vida daqueles que já estavam sem trabalho, aumentando o peso da insegurança e forçando-os a competir por uma vaga em um mercado dramaticamente mais apertado. Em uma série de entrevistas em cidades em todo o país, pessoas que foram recentemente despedidas falaram sobre seus temores de procurar emprego em um momento que parece ser de uma profunda recessão. Os empregadores do país cortaram 533 mil vagas em novembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. Foi o maior número mensal desde 1974 e quase 200 mil acima do esperado por economistas. A taxa de desemprego atingiu 6,7 por cento, a maior desde 1993. John Hendon, 36 anos, perdeu seu emprego junto com a Mutual Saving Credit Union no Alabama em novembro. Ele afirmou que tem encontrado dificuldade, até por que é casado e pai de três filhos. "Não é fácil encontrar emprego. É um ambiente duro e bastante desafiador", afirmou Hendon, que busca uma vaga no setor bancário. "Eles estão me dizendo que devido à economia eles estão avaliando seus orçamentos para o ano que vem... É uma época ruim para não estar trabalhando e existe muitas pessoas procurando emprego", afirmou Hendon, que ganhava mais de 50 mil dólares por ano antes de perder seu emprego. Alguns centros de busca de trabalho afirmam que estão vendo o número de pessoas procurando vagas duplicar ou triplicar em relação ao ano passado, com grandes cortes nos setores de construção, vendas e varejistas. Alguns dos desempregados, no entanto, mostraram otimismo sobre os planos do governo de Barack Obama para tentar reerguer a economia com um grande pacote de estímulo. "Eu não mesmo não votei nele, mas eu até que gosto de alguns dos planos que ele está apresentando. Eu espero que o Congresso veja desta forma também", afirmou George Pugh do Arizona, demitido em setembro de uma empresa de design interior.

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