PUBLICIDADE

Número de campanhas triplicou em dez anos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em uma década, o número de campanhas de recall no Brasil saltou de 33 para 109 em 2013. Nesse período, os veículos participaram de 61,5% das convocações e as motocicletas de 14,3%, segundo levantamento da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Das 109 campanhas do ano passado, 49 envolviam produtos fabricados no Brasil e 60, produtos importados."Isso reforça nossa busca por acordos de cooperação com outros países", diz Amaury Oliva, diretor do DPDC. Uma das ações deve ser a troca de informações sobre investigação em andamento de supostos defeitos em vários produtos. Oliva acredita que o recall começa a ser visto pelo consumidor brasileiro como algo positivo, pois, detectado um defeito, "é melhor ter o recall do que não ter".Nos últimos cinco anos, o DPDC aplicou 11 multas por demora ou informação incorreta nas campanhas. Dois exemplos são os da Toyota e do Grupo Caoa, multados em R$ 490,6 mil cada um em 2011 por demorarem a fazer o recall do Corola e do Subaru Tribeca, respectivamente. A Caoa já pagou a multa. A Toyota continua contestando a decisão na Justiça. Em 2008, a Volkswagen fez acordo e pagou R$ 3 milhões aos cofres públicos por demora em reconhecer problema no rebatimento do banco traseiro do Fox.Nos EUA, a General Motors está sendo pressionada a criar um fundo de US$ 1 bilhão para pagar indenizações a vítimas de acidentes com carros da marca. Foi anunciado recall para 1,6 milhão de carros no mês passado por defeito no sistema de ignição, mas há denúncias de que a GM sabia do problema há uma década e 300 pessoas morreram no período.No Brasil, o DPDC investiga desde 2009 denúncias contra o Vectra, após relatos de explosão de alguns modelos por suposto defeito no tanque de combustível. Em um dos casos, quatro pessoas morreram.Pela demora em decidir sobre a necessidade de um recall do Vectra e por não tomar medidas mais eficazes, o DPDC tem sido criticado pela Associação Nacional de Consumidores e Vítimas de Montadoras e Concessionárias Automotivas (Avemca). / C.S.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.