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Número de endividados recua em SP e é o menor desde 2004

Segundo pesquisa da Fecomercio-SP, o índice ficou em 52% em julho, contra 57% no mês anterior

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de consumidores da Região Metropolitana de São Paulo que possuem algum tipo de dívida - em cheque, cartão ou carnê - recuou 5 pontos porcentuais em julho, totalizando 52% dos entrevistados, contra 57% em junho, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Trata-se do menor indicador desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), iniciada em 2004, conforme destacou a entidade. Quanto ao total de consumidores que informaram possuir algum tipo de dívida em atraso, os inadimplentes, a PEIC constatou estabilidade. O índice atingiu 40%, contra 39% no mês anterior. De acordo com a Fecomercio-SP, embora a PEIC de julho tenha registrado queda no nível de endividamento e estabilidade no porcentual de consumidores com contas em atraso, o comprometimento da renda com dívidas aumentou e a intenção de quitar dívidas se retraiu. Neste mês, o porcentual da renda comprometido subiu 6 pontos, para 40%, contra 34% em junho. Quanto à intenção dos consumidores em quitar total ou parcialmente as dívidas em atraso, o levantamento revelou que apenas 69% dos entrevistados responderam afirmativamente, contra 75% no mês anterior. Já o universo daqueles que não poderão honrar com seus compromissos aumentou de 23% para 30%. "São informações que preocupam. Embora o crescimento do rendimento médio real tenha colaborado para a redução do endividamento, ele ainda é insuficiente para uma melhora generalizada de todos esses indicadores", afirmou, em comunicado à imprensa, o presidente da entidade, Abram Szajman. Segundo a pesquisa, em relação ao prazo médio de endividamento, para 18%, ele é inferior ou igual a três meses. Para 43%, varia de três meses a um ano e apenas para 38% o período é superior a 12 meses. A Fecomercio-SP observou que, caso a elevação da renda continue em um patamar morno, aliada à expansão do volume de crédito - tanto o destinado à pessoa física quanto o consignado -, isso poderá resultar em um aumento da inadimplência no futuro.

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