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Número de paulistanos endividados fica estável em março

Por AE
Atualização:

O número de paulistanos endividados permaneceu estável em março. É o que apurou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O índice de endividamento ficou em 48% este mês na comparação com fevereiro. Já em relação ao registrado em março de 2007 (62%), houve uma baixa de 14 pontos porcentuais. Quanto ao nível de inadimplência (consumidores com contas em atraso), foi registrado um avanço de três pontos porcentuais em relação ao segundo mês do ano, para 35%. A PEIC é apurada mensalmente pela Fecomercio-SP junto a cerca de 1.360 consumidores no município de São Paulo. Na avaliação da entidade, a estabilidade no nível de endividamento em março ainda "é reflexo da expansão da oferta de crédito e da renda, além do cenário econômico e a melhoria nos indicadores de emprego". De acordo com a pesquisa, há mais paulistanos (55%) com dívidas na faixa de rendimentos de até três salários mínimos (ou R$ 1.140,00). Entre os consumidores que ganham de três a 10 salários (até R$ 3.800,00), a porcentagem de endividados é de 54%, enquanto os que ganham acima de 10 salários mínimos, o índice é de 37%. A PEIC também mostrou que 49% das pessoas com renda até três salários mínimos estão inadimplentes, contra 33% dos que ganham de três a 10 salários mínimos, e 22% entre os que possuem renda acima de R$ 3.800,00. Inadimplência Quando analisado o tempo de atraso das dívidas, constatou-se que para 37% dos consumidores o prazo é de até 30 dias, enquanto que para 27% o período é de 30 a 60 dias. Já para 11% o atraso é de 60 a 90 dias e para os outros 24%, o tempo de atraso das dívidas são superiores a 90 dias. O cartão de crédito continua sendo o principal vilão da inadimplência. Segundo a pesquisa, este motivo foi apontado por 43% dos consumidores. Em seguida, aparecem a falta de controle financeiro (39%), os carnês (22%) e desemprego (21%). Quando questionados sobre qual tipo de despesa mais afetou as dívidas atuais, 17% dos consumidores apontaram os gastos com alimentação, seguidos por vestuário (13%) e eletrodomésticos (10%). No comparativo entre mulheres e homens, elas (49%) encontram-se mais endividadas que eles (48%). Quando o assunto é inadimplência, as mulheres também estão à frente dos homens (37% e 33%, respectivamente).

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