Publicidade

Nutrin quer chegar pelo Nordeste ao primeiro bilhão

Por Clayton Netz e clayton.netz@grupoestado.com.br
Atualização:

Veterana no mercado de refeições coletivas, a Nutrin, empresa fundada em São Paulo pelos empresários Vasco Ferraz e Sérgio de Siqueira Campos, levou 38 anos para formar uma rede de 150 restaurantes, com faturamento de cerca de R$ 100 milhões. A partir de 2007, a Nutrin iniciou um movimento de compra de concorrentes e parceiras: adquiriu a mineira Gran Vittoria, a gaúcha Dinamisa e fez uma parceria com a paulista Pro Nutry. Com isso, sua operação dobrou de tamanho, atingindo 14 Estados e um faturamento estimado em R$ 200 milhões neste ano. Agora, a Nutrin, que já integra o pelotão das cinco maiores empresas de refeições coletivas do País, um mercado que deve movimentar R$ 10,8 bilhões em 2010, pretende ir mais longe: quer triplicar o seu número de restaurantes para 900 estabelecimentos em apenas cinco anos, atingindo um faturamento de R$ 1 bilhão em 2015. A principal aposta para a expansão é o mercado do Nordeste. "O crescimento nordestino está acima da média do País e a tendência é de que se mantenha nesse ritmo pelos próximos dez anos", diz Aderbal Nogueira, presidente da Nutrin.Segundo Nogueira, o investimento em projetos de grande porte, como a transposição do Rio Francisco e a ampliação do Porto de Suape, na região metropolitana do Recife, a capital de Pernambuco, está atraindo a entrada de empresas prestadoras de serviços para a região. "A taxa média de crescimento estimado para o setor de refeições coletivas é de 10% ao ano", diz Nogueira. "Com essa estratégia, a Nutrin pretende crescer a uma taxa anual de 25%."Para se aproximar de seus clientes nordestinos, a Nutrin vai inaugurar um escritório regional de negócios no Recife. A meta de Nogueira, executivo prata da casa da Nutrin, onde está há 16 anos, é ter em carteira 80 restaurantes coletivos na região até o final de 2011. Dessa forma, a participação do Nordeste nos negócios da Nutrin, hoje quase nula, passaria a responder por 25% de seu faturamento. Segundo Nogueira, neste mês, a Nutrin começa a operar mais dois restaurantes, um montado para a fábrica da Pepsico de Suape, em Pernambuco, e outro do Consórcio Construtor de São José de Piranhas, na Paraíba, que executa parte das obras de transposição do Rio São Francisco. Além do crescimento orgânico, a Nutrin aposta no processo de expansão por meio de aquisições. Nogueira está negociando a compra de duas empresas de refeições coletivas de São Paulo. "O processo de due diligence já está em fase avançada e a conclusão do negócio deve ocorrer nos próximos dois meses", afirma.FESTA EMERGENTE6,2 BI foi o faturamento da Philips mundial no segundo trimestre de 2010, um crescimento de 29% sobre igual período do ano passado. Segundo a empresa, mercados como Brasil, Rússia, China e Índia representaram 34% das vendas, contra 29% um ano antesHORA DO LANCHEO Cheetos, quem diria, quer ser saudável A Pepsico lança hoje, em Curitiba, um novo produto de seu portfólio "saudável": o Cheetos, tradicional salgadinho de queijo, produzido com óleo de girassol. A estratégia faz parte da meta da empresa de reduzir em 15% a gordura saturada de seus produtos até 2020. Da linha tradicional de salgadinhos da Pepsico, o Cheetos é o mais recente a receber a "roupagem" com menos gordura, seguindo tendência iniciada pela Ruffles e pelo Fandangos.Por enquanto, a nova versão do Cheetos com óleo de girassol não estará disponível em todo o País. Até o fim do ano, a distribuição do novo produto se limitará à Região Sul. O objetivo é testar a aceitação da novidade antes de estendê-la ao restante do Brasil. HIGIENE PESSOALCresce disputa no mercado de sabonetes antibacterianosAcostumada a reinar absoluta com a marca Protex, a Colgate-Palmolive está ganhando de uma vez só cinco novos concorrentes no mercado de sabonetes antibacterianos - Reckitt Benckiser, Química Amparo, Bertin, Razzo e Unilever já começaram a despachar seus produtos para as prateleiras do varejo. Não é para menos. Os antibacterianos respondem por 12,7% do mercado total de sabonetes, que movimentou R$ 2,4 bilhões em 2009, segundo dados da consultoria A.C. Nielsen. De acordo com os fabricantes, o aumento da demanda se deve, principalmente, ao advento da gripe suína. "Sem dúvida, a gripe fez aumentar a procura pelo produto", diz Gustavo Razzo, presidente da Razzo. Os investimentos para os lançamentos são elevados. Só a Reckitt Benckiser, por exemplo, deverá investir R$ 40 milhões em ações de marketing para conquistar o consumidor. PROMOÇÃO COMERCIALBrasileiros vendem US$ 50 bi em feira de AngolaCerca de US$ 50 bilhões em negócios projetados para os próximos 12 meses é o saldo da participação brasileira na Feira Internacional de Luanda (Filda 2010), realizada de 20 a 25 de julho em Angola. Esse resultado supera em 66% o obtido na edição do ano passado. O pavilhão do Brasil, organizado pela Apex, recebeu cerca de 20 mil visitantes e foi o segundo maior da Filda 2010, com a presença de 40 empresas, ficando atrás apenas de" Portugal. A Filda é a maior feira multi setorial de Angola, e este ano contou com a presença de mais de 30 países. Angola é o principal parceiro comercial do Brasil na África, respondendo pela importação de US$ 1,3 bilhão em 2009. NOTA FISCAL ELETRÔNICAFisco baiano lança programa antissonegaçãoMais uma ferramenta de combate à sonegação será apresentada hoje no Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat), em Salvador. Trata-se de um programa que agiliza a tramitação das ações de fiscalização e auditoria fiscal, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pela Secretaria da Fazenda da Bahia, em parceria com a Microsoft. A ideia do Instituto é disseminar gratuitamente o programa para os Estados que ainda não conseguiram implantar o projeto da nota fiscal eletrônica.Assim como as outras empresas de refeições coletivas, a Nutrin oferece uma série de opções de cardápio em seus restaurantes industriais, como comida light, omeletes, entre outros. De olho na possibilidade de aumentar a receita das unidades, a empresa quer ir mais além: está alinhavando parcerias com redes de fast food. Duas delas com o Bob"s e com a Vivenda do Camarão, que devem instalar quiosques nos restaurantes da Nutrin da fábrica da GM, em São Caetano do Sul, e no do Condomínio MV, em Barueri, "Não é todo dia que os funcionários querem o menu preparado pelo restaurante", diz Nogueira. "Oferecer opções diferenciadas de alimentação para as empresas é uma ótima oportunidade de negócios."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.