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NY abre em baixa e Bovespa amplia queda com dados dos EUA

Investidores temem que ações dos governos para fortalecer mercado não sejam suficientes para evitar recessão

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Por Redação
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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os índices da Bolsa de Nova York abriram em queda nesta quarta-feira, 15, seguindo os mercados em todo o mundo. Investidores temem que as ações dos governos para fortalecer o sistema financeiro não sejam suficientes para evitar uma recessão global. Além disso, números negativos da economia americana divulgados nessa manhã ajudam a empurrar os mercados para baixo. Às 12h08 (de Brasília), a Bovespa ampliava a queda para 7,84%, aos 38.308 pontos. Mais cedo, o dólar registrava alta de 4,19%, cotado a R$ 2,19, na máxima do dia. Em NY, logo após a abertura do pregão, Dow Jones operava em baixa de 1,62%; Nasdaq recuava 1,52%; S&P 500 caía 2,26%. Veja também:  Ministro acena com ajuda a empresas afetadas pela oscilação do dólar Na Índia, Lula defende união mundial contra crise Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise  Após uma semana com perdas históricas nas principais praças financeiras internacionais, os investidores reagiram com otimismo na segunda e terça-feira à ação coordenada de vários governos europeus que decidiram no fim de semana colocar em ação um plano de criação de fundos nacionais de recapitalização e de garantias do sistema financeiro. Na segunda-feira, a Bovespa fechou em alta de 14,66% - a maior variação positiva desde 15 de janeiro de 1999, quando o índice subiu 33,4%.   Nesta quarta, porém, dados negativos divulgados nos EUA reforçam o temor de uma recessão global. As vendas no varejo caíram 1,2% em setembro ante agosto, registrando a terceira queda consecutiva e o maior declínio desde agosto de 2005. O Federal Reserve de Nova York também divulgou que o índice de atividade econômica caiu mais de 17 pontos em outubro, para -24,62, patamar recorde de baixa. Já o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda de 0,4% em setembro. Na comparação com setembro do ano passado, o índice cheio apresentou alta de 8,7%, refletindo os elevados preços de energia deste ano. Balanços Entre os resultados, o JPMorgan divulgou uma queda de 84,5% no lucro líquido do terceiro trimestre, registrou US$ 3,6 bilhões em baixas contábeis e US$ 649 milhões em perdas com a aquisição do Washington Mutual, à medida que o banco continuou sofrendo deterioração em sua carteira de empréstimos hipotecários. Já o Wells Fargo anunciou uma queda de 24% no lucro líquido do terceiro trimestre, por conta de baixas contábeis nos investimentos do banco nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac e no Lehman Brothers Holdings. Entre as ações que devem ser mais ativas nesta quarta, estão as da Coca-Cola, que divulgou um aumento inesperado de 14% no lucro líquido do terceiro trimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado, para US$ 1,89 bilhão. A receita aumentou 9,1% nessa base de comparação, para US$ 8,39 bilhões. Na terça-feira, as ações negociadas no mercado norte-americano terminaram com mais uma sessão volátil, com perdas no setor de tecnologia. O índice Nasdaq caiu 65 pontos, o Dow Jones 76 pontos e o S&P 500 5 pontos. As informações são da Dow Jones. Europa e Ásia Na Europa, os índices FTSE 100, da Bolsa de Valores de Londres, e Cac 40, da bolsa de Paris, registraram quedas em torno dos 1,5% pouco depois da abertura dos pregões. Às 9h30 (de Brasília), Londres caía 4,24%; Frankfurt cedia 3,73%; Paris recuava 3,93%. Na Ásia, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio recuou em média 1,4% durante as operações, um dia depois de um ganho histórico de 14%. As bolsas na Índia, Austrália e Hong Kong seguiram o recuo observado em Tóquio e operam em leve alta. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 2,9%, enquanto na Índia as bolsas abriram o pregão com perda de mais de 2%. Texto atualizado às 12h12 (com BBC e Agência Estado)

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