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NY e Bovespa abrem em baixa com temor de recessão global

Por aqui, investidores aguardam os desdobramentos da MP que autoriza a estatização de instituições privadas

Por Agência Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os índices da Bolsa de Nova York abriram em forte queda nesta quarta-feira, 22, com a volta dos temores de uma recessão global, que jogou para baixo os mercados ao redor do mundo. Por aqui, os investidores ainda digerem a Medida Provisória anunciada nesta quarta pelo governo que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprarem ações em instituições financeiras privadas. Às 12h04 (de Brasília), o Ibovespa caía 5,59%, aos 36.862 pontos. O dólar mantém a tendência de alta e subia 4,87%, cotado a R$ 2,345.   Veja também: Cristina assina projeto que acaba com Previdência Privada Governo autoriza estatização de instituições privadas no País Íntegra da MP no Diário Oficial  Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise    Em Nova York, logo após a abertura do pregão, Dow Jones caía 1,58%; Nasdaq recuava 1,71%; S&P 500 tinha queda de 1,28%. Um dos elementos que definem o mercado nos últimos dias tem sido a volatilidade, enquanto os investidores procuram na enxurrada de balanços corporativos sinais sobre o futuro da economia. Esses sinais, até agora, não têm sido encontrados. Na terça-feira,o Dow Jones, caiu 2,5%.   Na Europa, as bolsas caem mais de 3% com o pessimismo dos investidores. Às 11h40 (de Brasília), Londres caía 3,58%, Paris cedia 3,92% e Frankfurt perdia 3,59%. Na Bolsa de Madri, a decisão do governo da Argentina de eliminar os fundos de pensão, denominados AFJP (Administradoras de Fundos de Aposentadorias e Pensões), ampliava as incertezas entre os investidores que operam "com os negócios das grandes empresas espanholas na Argentina, como Santander, Telefónica, Repsol e BBVA".   O IBEX-35, índice referencial da bolsa madrilenha, recuava 7,12%, por volta das 11h30 (horário de Brasília), apresentando perdas mais pronunciadas em relação aos demais mercados acionários da Europa, em razão da preocupação que gerou a decisão de Cristina Kirchner de unificar o sistema previdenciário do país, transferindo os recursos administrados pelos fundos de pensão para as mãos do Estado.   Medida Provisória   Nesta quarta, o governo mostrou mais uma vez seu comprometimento para evitar que a crise financeira atinja com força o Brasil. De acordo com a Medida Provisória 443, os dois bancos federais - Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal - poderão comprar participações em instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil, incluindo empresas dos ramos securitário, previdenciário e de capitalização, entre outras. Além disso, o negócio poderá ser realizado sem qualquer licitação para isso.   Ásia   As bolsas de valores da Ásia também recuaram nesta quarta para o nível mais baixo desde dezembro de 2004, pressionadas por resultados trimestrais fracos de empresas norte-americanas e preços em queda de commodities que fomentaram preocupações sobre uma desaceleração econômica global prolongada.   O índice MSCI de ações da Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuou 5,53%, chegando a atingir o nível mais baixo desde dezembro de 2004. O índice acionário de Xangai perdeu 3,20 por cento, Taiwan recuou 1,62% e Cingapura teve queda de 5,19%. Sydney se desvalorizou em 3,4%.   O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 5,15%, com o CITIC Pacific sendo atingido pelo segundo dia depois do alerta de perda potencial de cerca de US$ 2 bilhões em negociações com câmbio não autorizadas. As ações do CITIC Pacific caíram mais 6% depois de terem perdido metade de seu valor de mercado na terça-feira.   Texto atualizado às 12h10   (com Reuters)

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