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NY melhora e abre espaço para Bovespa subir 0,54%

Ações revertem queda no fim do dia, puxadas pelos papéis da Vale; em Nova York, Dow Jones sobe 0,02%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

As mesmas blue chips que mantiveram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em queda na maior parte da sessão foram as responsáveis pela inversão para cima na hora final e pelo fechamento no azul. Mas essa melhora só foi possível porque assim permitiu Wall Street, onde os índices também foram devolvendo paulatinamente as perdas. Mas, no fechamento, os índices por lá situaram-se ao redor da estabilidade, com apenas o Dow Jones com ligeira valorização.

 

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A Bovespa terminou a segunda-feira em alta de 0,54%, aos 53.630,39 pontos. Na mínima, registrou os 52.483 pontos (-1,61%) e, na máxima, os 53.905 pontos (+1,06%). No mês, acumula ganhos de 0,81% e, no ano, de 42,82%. O giro financeiro foi o menor do mês e totalizou R$ 3,836 bilhões. Os dados são preliminares.

 

O pregão morno desta segunda-feira foi favorecido pela agenda fraca, que abriu espaço para as mesmas questões que permearam os negócios na sexta-feira continuarem repercutindo nas ações. Ou seja, os especialistas continuam avaliando que há espaço para uma antecipação do processo de alta de juros nos Estados Unidos, leitura reforçada após os dados melhores do que as previsões do mercado de trabalho norte-americano.

 

Embora seja um indício de que o fundo do poço já pode ter ficado para trás, a leitura que analistas fazem dos recentes dados dos EUA pesa sobre a Bovespa, uma vez que faz os investidores estrangeiros retomarem o caminho de casa. "Os investidores entraram aqui com o dólar caro e a bolsa barata e, agora, fazem o caminho de volta, embolsando mais de 40% de ganhos no ano e o diferencial do dólar, que está em baixa", comentou um profissional de renda variável de uma corretora em São Paulo, para explicar a continuidade da baixa durante a maior parte da sessão de hoje.

 

Essa discussão deve continuar a permear os negócios, principalmente em dias de agenda fraca, como hoje. Ainda mais com índices e declarações que reforcem a visão de que a economia norte-americana já deixou seu pior momento para trás. E esta semana está carregada, principalmente do lado doméstico, com os números do PIB do primeiro trimestre, previstos para amanhã, e a nova Selic, que sai na quarta-feira, após o fechamento do mercado. Nos EUA, destaque para os estoques no atacado, amanhã, o livro bege, na quarta, e as vendas no varejo, quinta-feira, quando estaremos de folga com o feriado de Corpus Christi.

 

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Em Nova York, a recuperação hoje ocorreu principalmente nas ações do setor financeiro. O Dow Jones terminou a sessão em alta de 0,02%, aos 8.764,49 pontos. O S&P recuou 0,10%, aos 939,14 pontos, e o Nasdaq fechou em baixa de 0,38%, aos 1.842,40 pontos. 

 

No Brasil, as ações do banco também terminaram com elevação, devolvendo as perdas vistas mais cedo. BB ON, 1,79%, Bradesco ON, 0,94%, e Itaú PN, 0,22%.

 

A inversão do índice foi comandada inicialmente por Vale, que foi a blue chip que primeiro passou a subir na recuperação. As ações terminaram com ganhos de 0,58% na ON e 1,54% na PNA, apesar de os metais básico terem fechado majoritariamente em baixa. Usiminas PNA terminou em elevação de 2,73%, CSN ON, 0,62%. Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau PN, ao contrário, fecharam com queda de 1,61% e 1,93%, respectivamente.

 

Pão de Açúcar PN terminou em -1,97% e Globex ON, em -17,43%. Hoje, o Pão de Açúcar divulgou comunicado informando a compra da rede Ponto Frio (Globex Utilidades S/A e suas controladas). O valor da aquisição da participação dos controladores é de R$ 824,5 milhões, o que equivale a 70,24% do capital total.

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