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O encontro da economia com a Amazônia

Tanto na zona rural quanto urbana proteção ambiental vai gerar lucro

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Por RAPS
Atualização:
2 min de leitura

Apenas a política de comando e controle, como ocorreu no início deste século, não será suficiente para colocar a Amazônia nos trilhos do desenvolvimento do País. Um olhar integrado e sistêmico, que concilia a agenda ambiental, econômica e social para as diversas Amazônias, é o caminho defendido pela iniciativa Uma Concertação pela Amazônia. E os meios para isso já existem.

Beto Veríssimo, Juliano Assunção e Paulo Barreto apresentam no documento O Paradoxo Amazônico, publicado pela iniciativa Amazônia 2030, pilares que precisam ser cada vez mais consolidados na região que ocupa 60% do território nacional.

Desenho da artista manaura Hadna Abreu 

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“Há 15 anos não tínhamos a visão da economia aliada à agenda ambiental como agora”, afirma Beto Veríssimo, cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), diretor do Centro de Empreendedorismo da Amazônia e integrante da Concertação. De acordo com ele, o primeiro passo a ser dado tem a ver com aproveitar as oportunidades para manter a floresta em pé.

Cálculos do setor privado indicam que a Amazônia Legal poderia gerar US$ 18 bilhões em ganhos com a redução do desmatamento até 2031 por meio de créditos de carbono atrelados à conservação da floresta. “Se existe uma coisa que a Amazônia pode fazer é produzir árvores, por causa da umidade e outros fatores que existem na floresta.”

O segundo ponto está ligado à restauração florestal, em que se usam espécies nativas. De acordo com o estudo, são 15 milhões de hectares que existem na Amazônia hoje de áreas desmatadas e abandonadas sem uso agropecuário – é uma zona maior do que o Ceará. Os outros três caminhos passam pelas cadeias de produção que já existem na região, pelo aumento da produtividade da pecuária em áreas já desmatadas, além de um investimento em infraestrutura.

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É preciso mais do que vontade política

Especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo concorda que instrumentos econômicos são importantes, mas eles devem estar combinados com comando e controle e ações voluntárias. “Os empresários podem ajudar nisso? Claro que sim, mas eles não substituem os governos. Como previsto na Constituição, o dever de proteção da Amazônia e dos demais biomas cabe ao Poder Público e à sociedade”, afirma a também ex-presidente do Ibama na gestão Temer.

“A Amazônia necessita da retomada do Estado. Partes relevantes de seu território estão tomadas pelo caos, pela combinação de desmatamento ilegal, mineração irregular, especialmente garimpo, pela grilagem, pela afronta permanente aos direitos das populações indígenas e outras comunidades tradicionais”, explica.

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Estadão Live Talks: Amazônia é solução

Dia 26 de outubro, a partir das 9h

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