‘O importante é acertar grande e errar pouco para ganhar acima de 30%’
Para Gonçalves, 'o ambiente nunca esteve tão favorável'
Entrevista com
Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest
Entrevista com
Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest
04 de novembro de 2019 | 05h00
O surgimento dos primeiros unicórnios – empresas que alcançam US$ 1 bilhão em valor de mercado – brasileiros tem dado impulso importante para as startups, que estão atraindo capital do mundo inteiro por meio dos fundos de investimentos. “O ambiente nunca esteve tão favorável”, diz Marcello Gonçalves, sócio da gestora Domo Invest, que tem dois fundos de venture capital, 11 startups investidas e 13 em negociação. A empresa está em fase de lançamento de um novo fundo de R$ 150 milhões.
O ambiente nunca esteve tão favorável. O amadurecimento do mercado de venture capital com aumento crescente no volume de investimentos e o aparecimento dos primeiros “unicórnios” nacionais têm incentivado mais pessoas a empreenderem de maneira organizada e buscarem financiamento com fundos, o que abre boas oportunidades tanto para investidores como para boas ideias.
Atualmente a Domo Invest é gestora de dois fundos. O Domo Ventures, com montante de R$ 100 milhões, já investiu em 11 startups e chegará a 20 investimentos nos segmentos B2C (venda direta para o consumidor) e B2B2C (conceito de vendas pela internet que inclui toda a cadeia comercial, desde a indústria até o consumidor final). O Domo Anjo Coinvestimento, que tem o BNDES como investidor-âncora, deve atingir R$ 120 milhões e investir em cerca de 150 empresas. Também estamos em fase de lançamento e captação do Domo Enterprise, fundo de R$ 150 milhões que vai investir em startups do segmento B2B (vendas para empresas).
Esse é um negócio de risco no qual temos de acertar mais do que errar, pois é natural que algumas startups não cheguem lá. Dessa forma, o importante é acertar grande e errar pouco para que o fundo apresente taxas de retorno acima de 30% ao ano.
A queda na taxa de juros incentiva a busca por novas opções de investimento que ofereçam maiores possibilidades de retorno e, por consequência, maior risco. Com isso, estamos sentindo aumento na demanda por parte desses investidores, representados por family offices, wealth managers, fundações e empresas interessadas em inovação, além de investidores profissionais.
Negócios ligados ao B2C e B2B, independentemente do setor.
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