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O mercado encara a subida da inflação sem temor

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Por Redação
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Já na última semana do mês, a expectativa do mercado para a inflação dos próximos 12 meses - apurada pela pesquisa Focus, do Banco Central, feita na última sexta-feira - manteve-se estável em 6,14%, em relação ao último Relatório de Mercado. Mas há quatro semanas, ou seja, no final de outubro, essa expectativa era de 6,22%. Digamos, portanto, que houve uma ligeira melhora das expectativas sobre o comportamento do IPCA, que é o principal indicador da inflação usado pelo governo.No que se refere aos outros indicadores inflacionários (IGP-DI; IGP-M; IPC-Fipe), houve ligeira elevação das expectativas da semana anterior para a da última pesquisa, embora abaixo do que havia sido apurado há quatro semanas.Pode-se dizer que o mês de novembro deverá terminar com expectativas relativamente estáveis, com ligeiro viés de baixa, para a inflação dos próximos 12 meses.De qualquer forma, na opinião do mercado, a taxa de inflação neste ano e no próximo, na ausência de fatores muito negativos e inesperados, deverá se manter ligeiramente abaixo de 6,5% - limite superior da meta definida pela política monetária, cujo centro é 4,5%.Não obstante, a inflação medida pelo IPC-S, ou seja, Índice de Preços ao Consumidor Semanal, da Fundação Getúlio Vargas, subiu para 0,67%, ou 0,03 ponto porcentual acima do registrado na última quadrissemana, que foi de 0,64%.A tendência normal é de que todos esses indicadores de inflação apresentem viés de alta no último mês do ano, em razão dos maiores gastos propiciados pelo pagamento do 13.º salário e pela aproximação das festas de Natal e réveillon.O que deve trazer um certo alívio para as autoridades da área monetária e do Banco Central é que, embora as sucessivas pesquisas Focus, realizadas semanalmente, confirmem o consenso de mercado de que a inflação está subindo e, mais importante, que deve prosseguir nessa direção, elas ainda não incorporam sinais de temor acentuado em relação ao futuro próximo neste terreno.Pela maneira confusa com que autoridades têm se manifestado sobre o andamento das contas fiscais e, principalmente, as iniciativas contraditórias capazes de afetá-las, que têm sido tomadas até pela presidente Dilma Rousseff, seria de esperar respostas menos serenas dos entrevistados para a pesquisa Focus, no que se refere aos prognósticos para o ano que vem.

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