Com taxas de crescimento expressivas, a Bolsa de São Paulo e o Tesouro Direto chegaram a 1 milhão de poupadores em abril. A menor taxa de juros da série histórica, as expectativas com a reforma da Previdência e o empenho de corretoras para diversificar os investimentos dos clientes estão entre os motivos que ajudaram a Bolsa a atingir a marca histórica.
José Raymundo de Farias Jr, especialista da Planejar, diz o que levar em consideração para investir na Bolsa.
Na hora de investir na Bolsa é preciso pesar o risco?
Para responder essa pergunta é preciso, primeiro, compreender qual o planejamento de cada pessoa. E é preciso ter um planejamento. Do ponto de vista de ganhar dinheiro, com as taxas de juros da renda fixa, se não ocorrer em risco, vai ficar difícil. E já que estamos falando de Bolsa, esse é um caminho.
Qual a melhor maneira de investir em ações?
O que acho mais razoável para quem está começando, e também para quem não está, é fazer uma seleção diversificada de papéis. Ou a pessoa acompanha o relatório de algum especialista, ou procura um especialista, ou entra através de um fundo ETF, que espelha um índice. O Ibovespa é um índice com diversas ações e tem de tudo: banco, empresas de commodity, consumo... Outra maneira é entrar por um fundo de investimento em ações.
Tem uma faixa etária indicada para ter mais Bolsa e mais renda fixa?
Sim, dependendo do ciclo de vida, é mais indicado ter dinheiro na Bolsa. O que acho engraçado na Bolsa é que, apesar do crescimento dos jovens, que são destaques na pesquisa divulgada, dois terços dos investidores têm mais idade, mais de 36 anos.