24 de março de 2009 | 16h33
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, admitiu nesta terça-feira, 24, a jornalistas que os preços dos combustíveis poderão sofrer alteração, mas evitou falar em prazos. "Há previsão de reajuste. Quando, eu não sei. Vai depender da estabilidade do mercado internacional", disse. Questionado por que até agora o preço da gasolina ainda não havia caído no mercado doméstico, Gabrielli foi taxativo: "Porque não subiu. O que não sobe, não baixa".
Veja também:
Petrobras deve investir US$ 174,4 bi até 2013, diz Gabrielli
Gabrielli dá sinais de que preço da gasolina não cairá
De olho nos sintomas da crise econômica
Durante a entrevista coletiva após participar de audiência pública no Senado, Gabrielli voltou a sinalizar, no entanto, que esse reajuste não virá tão cedo. Isso porque, segundo ele, é preciso levar em conta o comportamento de três variáveis que atualmente seguem instáveis: o valor do real perante o dólar, a cotação do petróleo no mercado internacional e o preço do diesel e da gasolina no mercado externo. "Nos últimos quatro meses, esses itens variam muito intensamente a cada dia, mas tendem a ter estabilização. Uma vez que estabilizem, precisamos mudar o preço interno", argumentou.
A avaliação de longo prazo do presidente da Petrobras é a de que o preço do petróleo externamente continue a ter elevação. Para o curto prazo, que Gabrielli delimitou entre três a seis meses, não há uma estimativa clara para o preço da commodity, enquanto gasolina e diesel apontam um aumento dos preços nos próximos quatro meses. "Isso não quer dizer que o mercado brasileiro não tenha uma redução (de preço)", disse, explicando que qualquer reajuste dependerá da reação entre as expectativas e os preços praticados em maio de 2008, última data do reajuste.
Encontrou algum erro? Entre em contato